08 • CAPÍTULO 7 •

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CAPÍTULO 7

🦌

Por que o Senhor Izanagi matou a sua esposa?

Por que sou um problema para os céus?

Quando eu morrer, serei jogado no inferno porque as divindades me odeiam?

Um matrimônio entre mundos para arrumar a calamidade, por quê?

O Minho irá se casar e, como se isso já não bastasse, será com sua própria irmã.

Kichijoten estava certa, eu realmente fui pego pelo fascínio... E agora tudo isso queima em meu peito, pois tão rápido nós criamos um vínculo e em tão pouco tempo ele está sendo rasgado e arruinado dessa maneira. Mas tudo pode não passar de um grande equívoco da minha cabeça. Ele é um Deus afinal, e as pessoas naturalmente vão se apegar a um ser que emana luz, certo?

Isso me faz pensar que, recentemente, até mesmo sem perceber, acabo ficando longos minutos de meu dia perdido em assuntos relacionados à margem distante e Deuses. O mundo continua acontecendo, enquanto uma forte sensação de paralisia atinge o meu dia a dia.

Sinto que sou como um relógio tendo o seu ponteiro contando ininterruptamente o mesmo segundo.

E àquela altura, eu não consegui me dar conta de que, na mesma intensidade com que Takamagahara e Yomi permaneciam em minha mente, algo também acontecia ao meu interior e ao exterior. Algo incomum, algo perigoso, do qual decisões tiveram que ser tomadas rapidamente, pois o grupo de espíritos da natureza calcularam dividir-se em turnos, não permanecendo todos juntos a mim por um longo período de tempo.

A princípio, eu não entendia a razão pela qual tomaram tal medida, dado que depois de uma semana inteira em minha sombra, resolveram afastar-se bruscamente de tudo que poderia ligar-se a mim.

Mas a realidade é que a cada dia sigo sentindo com mais intensidade uma indisposição ímpar sobre o meu corpo. Eu acreditava ser algum sintoma consequente pela linha, ou pela falta incomum que o Minho me traz com a sua ausência. Feliz ou infelizmente descobri que a primeira opção, de longe, era a mais plausível.

Entretanto, ele deve estar com sua noiva agora... E eu aqui sofrendo por algo que nem ao menos tenho direito. Ilógico.

Hyunjin, ou Kuro como costuma se tornar durante o dia, é o único que ainda permanece em meu campo de visão por mais tempo, pois a casa também é dele afinal e sair sozinho, mesmo em forma de cão, levantaria suspeitas sobre a sua grande capacidade sobre-humana compactada no corpo de um animal dócil.

Quanto ao Seungmin e o Felix, eles costumam ficar fora durante o dia, e o Jeongin guarda o exterior da casa, formando dupla com o dominador de raios.

É curioso ver que ao contrário da humanidade, eles não se cansam, mas, apesar disso, compartilham de necessidades fisiológicas como se fossem tais.

Há poucos dias, o guardião da floresta disse que estando em sua forma animal não seria prejudicial para mim quanto a forma espiritual. E também que a maioria dos espectros não faziam por mal, mas que, naturalmente, a margem próxima e a margem distante devem permanecer separadas, e eu estava inesperadamente preso no meio de ambas, fazendo um contínuo cabo de guerra com a minha linha para decidir de qual lado permanecer. E por tal, muitas vezes me sinto cansado e indisposto caso minha alma acabe desequilibrando para o lado de lá.

ㅡ Jisung, querido, lembra do nosso vizinho que também é coreano? ㅡ Tia Nari me questiona, enquanto limpamos a cozinha em conjunto, pois, após o jantar, Saito foi o único que saiu para encontrar amigos de seu antigo trabalho. ㅡ Vocês sempre brincavam juntos em todos os verões que você vinha para cá...

VAISRAVANA • { minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora