12 • CAPÍTULO 11 •

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CAPÍTULO 11

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ㅡ Logo será o décimo mês e todos teremos que ir até o Ookuninushi discutir sobre os caminhos da Terra... ㅡ Minho comenta, deitado na cama, ao meu lado.

ㅡ É verdade que o Kamuhakari é chamado de "O mês sem Deuses"? ㅡ Questiono, observando-o de perto. ㅡ Não é perigoso que coisas aconteçam enquanto todos estão ocupados numa congregação?

Após a saída dos espíritos da natureza, restando somente Vaisravana e eu, acabamos nos colocando dentro de uma situação esquisita da qual não foi nada fácil contornar, pois a sensação deixada era que, daqui para frente, estaríamos pisando em ovos na presença um do outro.

E por esta razão estávamos deitados, ombro com ombro, engatando em qualquer conversa distante para mandar embora toda a tensão de nossa ironia sugestiva de momentos atrás.

Eu não tenho direito. Ele vai se casar! O que tinha na minha cabeça?

ㅡ Recebe este nome, mas a verdade é que nem todos os Deuses vão, pois tem que haver alguém tomando conta de tudo na ausência dos outros, mesmo que o Kamuhakari aconteça justamente para a purificação da Terra, assim como o que se realiza no Ooharai, no último dia do ano.

ㅡ Entendo... Significa que vocês armam uma ratoeira para a corrupção dizendo não haver Deuses na Terra em outubro, certo?

ㅡ Até hoje funcionou, então... ㅡ Risonho, apenas recebo um dar de ombros seu, descontraído. ㅡ O Ebisu é um dos maiores Deuses do Japão por alguma razão, você não acha? Ele é um dos que permanecem na vigília de Nakatsukuni.

Pode parecer trivial neste momento, mas, por vezes, penso em cogitar a ideia de que a rede fina sobre o dossel proporciona uma sensação de aconchego e conforto para nós dois; contudo, penso também que o que estou sentindo não seja somente por uma razão tão simples quanto esta, mas por ser ele a estar aqui agora.

Sinto que está acontecendo tudo outra vez.

Estou me apaixonando outra vez.

Entretanto, parte de mim deseja acreditar que apenas estou desfrutando de um outro patamar de devoção à divindades, pois não há outra explicação que o meu bom senso tenha para esse desejo incontrolável de coisas absurdas para com um ser de luz feito ele. Eu apenas sinto a necessidade da presença dele. É isso.

Mas toda a sua benevolência, humor, compaixão e paciência são tão presentes para um Deus quanto para a fórmula perfeita em me fazer desenvolver aquilo tudo outra vez.

Talvez eu seja apenas um grande frustrado, e qualquer demonstração de alguém ao se importar comigo já é o suficiente para me ganhar.

É triste, mas parar de receber o carinho de meus pais me fez migalhar tal coisa com pessoas de sintonias distintas da minha própria, sempre. E isso claramente nunca deu certo, não por tanto tempo. Por isso sinto um receio constante em procurar sentimentos que representem mais do que os outros possam me oferecer.

ㅡ Deuses não dormem, então, eu sugiro que você tente isso primeiro. ㅡ Minutos após uma longa interrupção em nosso diálogo, Minho quebra o nosso silêncio, me salvando dos meus demônios internos. ㅡ Ou você achava mesmo que não íamos dormir? Até mesmo um cego veria a sua ironia, Jisung.

ㅡ Não viaja, você é praticamente casado!

ㅡ Então eles disseram para você... ㅡ Brincando com um de seus colares reluzentes, ele conecta os pontos, formando sua própria conclusão que, ao todo, estava certa. ㅡ Espero também que eles não tenham esquecido de fofocar a parte em que eu não pretendo me casar com ela.

VAISRAVANA • { minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora