34 • CAPÍTULO 33 •

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CAPÍTULO 33

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O quão comum este nome poderia ser na Coreia do Sul?

Lee Minho.

De acordo com as minhas pesquisas, Lee é um sobrenome bastante utilizado por aqui, já que o mesmo é estipulado como o segundo mais usado ㅡ claro, ficando atrás unicamente da linhagem Kim. Portanto, é praticamente inútil tentar arrumar tempo para vasculhar a árvore genealógica do garoto quando existem mais de seis milhões de pessoas compartilhando o seu mesmo sobrenome.

Mas, Lee Minho também é o mesmo nome usado por aquele "Deus" do meu bloco de notas.

Será que isso pode ser apenas uma grande coincidência? Ou aquele cara que estava na plateia, ao contrário de mim, lembra de alguma coisa e, por isso, está tentando se aproximar?

O Wonho disse que ele havia tentado entrar para a JAYB Nation e só foi negado apenas pelo prenúncio de seu conhecimento sobre mim, mesmo que fosse um forte candidato para exercer a vaga de trabalho na equipe responsável por J.One.

Confesso, me sinto curioso ao seu respeito, embora eu deva reconhecer que a minha mente já agiu demais, talvez tanto a ponto de criar coisas das quais nem mesmo existam ou que, verdadeiramente, caibam dentro da nossa real situação.

Mas quem é Lee Minho, afinal? Quem ele é?

São tantas questões rondando a minha cabeça que acabo nem me dando conta de que já estou em minha casa, travando a tranca eletrônica da porta ao tempo que jogo minha máscara descartável em qualquer lugar. Realizando tudo isso, até então, no automatismo.

Por alguma razão, esse cara persiste em brigar por um vasto espaço em minha mente. Também sinto algo no peito, mas não é algo incômodo. Devo me preocupar?

É o que martela em minha cabeça, mesmo após tirar meus sapatos na entrada, subir o pequeno degrau do piso de madeira, apenas de meias, ao caminhar direto para a sala de estar e, assim, ligar a televisão num volume considerável, com intuito de aguardar a apresentação solo da Chaeyoung.

Nos últimos meses, nos tornamos ótimos amigos, seja trabalhando em conjunto ou de modo particular e pessoal.

A Chae e eu já saímos algumas vezes. Tal como a vez em que fomos flagrados indo a uma cafeteria local, ou, como também, saímos dentro do sigilo, para lugares conhecidos por guardar a privacidade de pessoas públicas.

Ainda assim, nada que pudesse vir a arruinar a nossa linha de irmandade, nem mesmo em nossos lapsos de carência repentina, após virar alguns shots juntos.

Criamos, também, o terrível hábito de beber vez ou outra em baladas reservadas, no entanto, sabemos que isso já chega a ser arriscado para a preservação da nossa imagem, em geral.

O senhor Jaebeom e nossos managers sempre ficam zangados conosco se isso acontece, logo nos convocando para reuniões particulares e, dessa forma, nos dar dignos sermões sobre responsabilidades e influências.

Mas, francamente, nunca chegamos a desenvolver reais sentimentos, apesar de tudo o que passamos para sair algumas vezes. Apenas usamos o nosso momento para aproveitar a boa companhia, as músicas alegres, a energia dos lugares, mas, sobretudo, para esquecermos um pouco de tudo o que, de certa forma, acaba nos aprisionando dentro de nós mesmos.

Se não for para fugir, que pelo menos sirva para embriagar os nossos demônios.

Essa é a nossa consciência comum, por isso combinamos tanto. Mas ela é todo o meu oposto, talvez seja por essa razão que nos demos tão bem desde o início, ela sempre me surpreende e me impulsiona.

VAISRAVANA • { minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora