41 • CAPÍTULO 40 •

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CAPÍTULO 40

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Amor.

Pode ser descrito por uma forte emoção ou sentimento de ser inexplicavelmente transbordado por boas sensações. É o modo como as coisas ficam confortáveis em seu peito, apenas por sentir o seu alvo de amor igualmente confortável.

Na verdade, há diversas faces para esse, dado que ele acontece por uma série de variáveis singulares, e cada indivíduo o oferece e o enxerga da forma que o seu próprio interior o concebe.

Ele não precisa ser doloroso, embora não deva ser afogado pelo mar das ilusões, porque, na verdade, ele existe no mundo real, e a realidade quase nunca vem unida à perfeição.

Há um segredo que poucos sabem e tardam em percebê-lo: quem ama consegue vislumbrar, de fato, a perfeição no real, e, dado isso, agrega o imperfeito a tudo que compõe seu bem-querer.

Amar ㅡ é algo tão grandioso que não cabe em palavras para descrever, com exatidão, nem metade do que isso é capaz de nos fazer sentir; entretanto, tão belo quanto vir de você, é sentir que o verdadeiro alvo de amor é você.

Muitas vezes, eu acabei recebendo formas distorcidas deste, que me fizeram buscar incessantemente pelo real sentido de tê-lo; outras vezes, julguei não ser merecedor, por quem eu era e por quem eu gostaria de me tornar um dia.

Porém, hoje sou ambos e, finalmente, sou amado por isso.

ㅡ Obrigado, Lee Minho... ㅡ Sussurro, suavemente retirando alguns fios de sua testa ao observar a expressão serena, pouco amassada pelo travesseiro branco.

De modo incomum, fui eu quem despertei primeiro, sentindo os últimos raios solares, mornos pelo entardecer, invadindo o quarto onde estávamos.

Eu tive outro sonho.

Mas, não feito os demais anteriores, não. Esse foi bom, o Minho estava lá.

Dividindo uma casa aconchegante e bonita, brincávamos juntos com o preparo da massa para cupcakes de nozes, enquanto o mais velho ocupava-se em passar cubinhos de melancia no liquidificador.

Os risos eram altos, grandiosos, feito a bagunça de farinha espalhada pela cozinha.

Nos abraçávamos sempre que a vontade batia e nos beijávamos, sentindo certa dificuldade para desmanchar os sorrisos, ainda que nossas testas se pusessem uma sobre a outra, nos encarando a centímetros.

Estávamos... Ou melhor, éramos felizes.

E refletir sobre tal sonho me fez acordar com certa calmaria interior, pois, mesmo sendo algo criado por meu subconsciente, não consigo esconder o sorriso bobo, já que o tenho aqui e agora.

ㅡ Vocês ficam muito fofinhos assim, sabia?

Assustado pela nova voz ecoando dentro do quarto de madeira, minha mão, que antes afagava os fios castanhos de Minho, recua e para no meio do caminho ao ser fechada em punho, reunindo coragem o suficiente para olhar por cima do ombro e, assim, tomar ciência de quem se tratava.

Automaticamente relaxo quando finalmente associo o timbre à imagem.

ㅡ Felix... Você me assustou. ㅡ Confesso em baixo tom, saindo aos poucos de baixo das cobertas.

ㅡ Não é a primeira vez que isso acontece... Por que será? ㅡ Vejo o espírito de sardinhas segurar o próprio queixo, pensativo; mas logo ilumina-se mostrando um sorriso típico seu. ㅡ Eu estava com saudades, Jisung!

VAISRAVANA • { minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora