Paraplegic |ZM|

1.13

Vinte e um de dezembro de dois mil e vinte. Londres.

Isabella Campbell Point Of View

Assim que abri a porta da casa eu podia ouvir os gritos de Zayn. Não eram gritos de dor e sim de nervoso. Sai entrando pela casa direto para onde os gritos me levavam: seu quarto.

Quando entrei no quarto com as sobrancelhas cerradas e o olhar mais preocupado de todos tudo o que eu vi foi ele em uma chamada de vídeo com os meninos e um caderno no colo. Esse que se fechou assim que eu entrei no quarto.

- O que está acontecendo? – perguntei na mesma hora vendo os olhares em minha direção.

- Ih, a patroa chegou. – ouvi Louis debochar e então me aproximei da cama.

- Posso saber os motivos desses gritos? – perguntei de novo já que nenhum me respondeu.

- Zayne está surtando por não ter roupa para usar nos shows. – foi o que Liam respondeu depois de minutos com todos calados.

- Eu vou fingir que acredito enquanto deixo vocês sozinhos de novo. – me aproximei de Zayn – Sem gritos dessa vez. – pedi e encostei meus lábios nos dele, em um selinho demorado. – Hey, babe.

Depois de mais um beijo eu saí do quarto menos preocupada e fui até a cozinha importunar Marta, já que senhor meu amigo nem pediu pela minha presença no quarto.

Ele só saiu daquele quarto quando já estava escurecendo e eu já tinha perdido as contas de quantos episódios de Greys Anatomy eu tinha assistido. Ele saiu, jantou com Marta e voltou para tomar banho e só depois que saiu do banho me chamou.

Quando entrei no quarto ele ainda estava em sua cadeira, ajeitando o volume do ar condicionado. Fechei a porta atrás de mim e caminhei até ele, me sentando em seu colo.

- Me evitando?

- Talvez. – ele falou e riu na mesma hora, subindo sua mão para a minha nuca. – Resolvendo uns problemas com os garotos, babe.

- Huh? – beijei seu maxilar e depois seus lábios. – Vamos deitar?

- Uhum.

Ele quem se deitou sozinho, ainda que com dificuldade e disse que o médico havia mandado ele tentar fazer de tudo sozinho para dar mais autonomia, mas na real Zayn tem certeza de que é para ele se acostumar a ficar assim pelo resto dos tempos.

- Estou ansiosa para amanhã. – comentei enquanto nos cobria. – É o primeiro show que eu vou.

- Na vida ou da One Direction?

- Da vida. – encostei meu corpo na cama de barriga para cima. – Eu não sabia nem o que vestir. Pensei em ir de salto, Jade cortou meu barato.

- Você pode ir babe. Só que é aquilo, vai acabar ficando desconfortável. É bastante tempo.

- Yeah, eu pesquisei sobre os shows de vocês. Talvez eu até saiba cantar algumas mú- – parei de abrupto e o olhei. – É sério que eu só vou te ouvir cantar amanhã? Você não vai cantar nada para mim hoje?

Assisti ele negar e sorrir do jeito que destrói minhas estruturas.

- Nops. Só amanhã.

- E se eu achar uma merda? – falei já rindo da cara dele que parecia ofendido. – Vai que eu ache chato, babe?

- Impossível! Eu vou estar no palco, bem gatinho. E você poderá ficar me olhando de longe, só babando.

Na mesma hora gargalhei, voltando a deitar de barriga na cama.