Paraplegic |ZM|

2.3

⚠️ Atenção! Pode ter passagem de tempo ou lugar! ⚠️

Semana do dia nove ao dia treze de janeiro de dois mil e vinte e dois. Londres.

Isabella Campbell Point Of View

Era segunda feira, dia nove, quando eu acordei com cólicas. Cólicas fortes que iam e vinham durante a madrugada. Olhei para o colchão no chão e vi que Harry e Louis dormiam juntos, agarrados, quase unidos em um só e por isso não os chamei, pegando meu celular e enviando mensagem para a minha obstetra. Ela avisou que eram contrações de treinamento e que era para eu levantar minhas pernas e descansar por que o dia estava chegando. E foi o que eu fiz.

Quando levantei as dez da manhã a dor não estava mais lá então eu tomei meu banho e desci para ver o que os meninos faziam. Eles já tinham feito o café – o Harry tinha feito – e estavam no sofá assistindo um programa que parecia interessante. Avisei que já estava em pé como todos os dias e fui tomar meu café.

As panquecas de chocolate de Harry eram as melhores e ele sempre fazia e escondia no microondas para que Louis não visse a bomba calórica que eram as panquecas com nutella já de manhã. Bebi um suco de caixinha e levei meus passos de pinguim até a sala.

- Huh, parece que essa barriga desceu mais essa noite. – Louis murmurou – Será que está perto?

- Yeah, acho que sim. – sentei ao lado dos dois no sofá e suspirei pelo peso que eu carregava. – Essa noite tive contrações de treinamento, não foram das brabas mas elas estavam lá.

As duas cabeças viraram em minha direção, ambos surpresos por isso.

- Por quê não chamou a gente? Estamos lá para te ajudar!

- Nah, Haz, não precisou. Foi tranquilo e não foi nada mais do que isso, eu juro.

- Sun, nós vamos nos revisar para dormir na cama com ela. – Louis falou ignorando meu revirar dos olhos enquanto Harry concordava.

- Não precisa, gente! Está difícil de dormir nessas semanas e eu me mexo demais, não quero atrapalhar mais vocês. – o olhar de repreensão que eu recebi dos dois me fez calar a boca.

- Isso não está em questionamento. – Harry disse por fim com Louis concordando.

Eles realmente dormiram comigo e na noite de segunda para terça, dia dez, Louis foi o primeiro. Eu não queria por que eles têm sono muito leve e por isso a todo momento em que me virava na cama ele despertava, fazendo massagem no final das minhas costas ou elevando minhas pernas inchadas.

Zion já não se mexia tanto, mas parecia dormir durante o dia para brincar comigo e minhas costelas durante  a noite. Respirar já estava mais fácil e eu tinha quase certeza de que era por que ele estava encaixado para nascer. A certeza realmente apareceu quando na terça feira de manhã eu quis levantar e a pressão que tinha sobre minha pelve não deixou de imediato. Era como se todo o peso do Zion estivesse sobre minha pelve e por isso eu precisei me sentar na ponta da cama e tenta várias e várias vezes me levantar.

Ele não se mexia com tanta frequência e por isso eu conseguia fazer mais coisas com mais facilidade, como por exemplo terminar de arrumar a nossa bolsa de maternidade com os poucos presentes que eu deixei que comprassem para ele.

Eu me sentia sempre molhada, como se eu tivesse fazendo xixi constantemente, mas ao chegar no banheiro não era nada mais do que uma secreção límpida, mas entre contrapartida meus pés e mãos pareciam pães gordos e inchados. Chinelo estava fora de cogitação nesse momento.