Paraplegic |ZM|

1.15

Vinte e quatro de dezembro de dois mil e vinte. Bradford.

Isabella Campbell Point Of View

- Zayn, seu filha da puta! Eu mandei você pegar frango e bife e não camisinha e cerveja. – bufei irritada vendo o nosso carrinho do supermercado lotado de cerveja e alguns tipos de camisinha.

- Eu tenho minhas necessidades, babe.

Ele me olhou com a cara fechada mas não conseguiu manter por muito tempo, logo começando a gargalhar. E era óbvio que eu não conseguiria segurar a pose de brava vendo o homem quase chorar de rir.

Nós tínhamos levantado quase as onze da manhã e assim como o planejado viemos até o supermercado para fazer a feira do apartamento onde estávamos ficando e para que eu pudesse comprar alguns itens natalinos que minha avó provavelmente não teria comprado.

Zayn, por sua vez, não estava nem ligando para a ceia de Natal. Ele estava mais interessado em comprar pencas de cerveja, energéticos e gins por que segundo ele festa de família sem bebida não presta. Não contestei até ver que ele não tinha pego nada que eu tinha pedido e no carrinho só tinha besteiras.

Nós perdemos alguns minutos brincando no corredor infantil e também dançando quando as músicas eram realmente boas, mas conseguimos fazer nossas compras sem muitos problemas.

Quando voltamos ao apartamento eu guardei com sua ajuda tudo que ficaria ali de fato e separei também o que levaria para a casa de minha avó.

Enquanto Zayn falava com algum responsável sobre um estúdio em algum lugar de Londres eu desci para buscar as malas que faltavam e os presentes que ficariam na pequena árvore que tinha na sala do apartamento.

Na verdade peguei os meus presentes para Zayn e uma bolsa verde de academia de Zayn, que foi onde ele disse que estavam os meus presentes. Os outros seriam levados para a casa de Trisha e para a da minha avó.

Organizei os embrulhos embaixo da pequena árvore, tentando de qualquer jeito descobrir o que tinha nas caixas dele, mas era quase impossível.

- Minha mãe está vindo. – ouvi seu suspiro na sala e então me virei, deixando a árvore de lado. – Aí estão todos os seus presentes?

- Não, somente os que eu comprei para você. – levantei do chão pegando a bolsa verde vazia e guardando no armário do corredor. – Por que esse suspiro triste ao falar de Trisha?

- Nada contra ela, eu só não queria lidar com minhas irmãs e meus avós. – sorriu pequeno quando eu passei a prestar atenção só nele. – Você tem certeza que não quer ir lá comigo?

- Tenho, babe. Eu preciso levar os presentes da minha família para a árvore e levar a comida a tempo de prepararmos. – caminhei de leve até ele e me sentei em suas pernas. – E você precisa levar nossos presentes para a árvore da sua mãe.

- Você separou eles? Eu não tenho a mínima ideia do que é meu ou seu. – falou abafado pelos lábios estarem em meu ombro.

- Eu separei babe e quando ela chegar eu coloco no porta malas do carro que ela vier. – pendi meu pescoço para que seus beijos continuassem por ali. – Vou mandar os que eu comprei para sua família também.

- E os que eu comprei para a sua? – o olhei de relance. – Estão na mala preta grande.

- Na maior de todas?

- Uhum.

- Eu não falei que não precisava? – resmunguei tentando ficar brava mesmo com seus beijos em meu corpo.