Paraplegic |ZM|

1.24

Vinte e nove de janeiro de dois mil e vinte e um. Londres.

Isabella Campbell Point Of View

Seis dias haviam se passado desde o dia em que estivemos no médico.

Em nenhum desses dias eu tinha visto Zayn, já que ele estava trancado com alguns amigos no próprio estúdio que ele tem em casa e ele só realmente sai daquele lugar para tomar banho e comer, e olhe olhe lá.

E cansada de estar sozinha pela casa novamente, hoje levantei com certeza de que resolveria todas as pendências da minha vida e foi exatamente isso que eu fiz. Levantei bem cedo e fui até o centro, comprando alguns remédios que faltavam para mim e alguns itens de higiene pessoal que eu já estava usando o de Zayn. Dali fui até uma sorveteria, por que não, não é?

E agora, parada em frente ao prédio de Marcus eu tomo coragem e entro, logo subindo de elevador até seu andar. Bato em sua porta logo que a encontro e espero sentada na sua sala de espera a minha vez.

- Isabella! Você demorou tanto que eu pensei que você tinha desistido!

- Jamais, eu falei que eu voltava. – levantei e o cumprimentei, abraçando de leve e logo o seguindo para sua sala. – Quero investir e preciso da sua ajuda.

Toda a conversa que nós tivemos há um tempo atrás ele teve novamente hoje, dizendo todos os caminhos que eu poderia seguir e traçando as melhores rotas. Juntos nós conseguimos chegar a um valor e um meio de aplicar ele então assim que concordamos saímos de sua sala para ir ao banco e aos correios efetivar todo esse trabalho.

Assim que chegamos no banco fomos super bem atendidos e foi ali que eu decidi deixar um dinheiro a mais reservado para que eu pudesse finalmente comprar meu carro, já que Marcus me convenceu de que não era um luxo.

Com tudo resolvido e o meu dinheiro aplicado eu saí do banco e logo me despedi de Marcus, que voltou ao seu trabalho. Parei por uns segundos e decidi que tinha mais uma coisa pendente a resolver, liguei então para Gemma.

- Gem? Onde você está? – perguntei enquanto atravessava a rua para ir a um café.

- Na casa do Harry, tudo bom?

- Yeah, yeah, eu queria me encontrar com você. – falei enquanto abria a porta e entrava no lugar quentinho, fui direto para a fila de pedidos.

- Você já almoçou? Estava quase saindo com o Harry para almoçar e se você não se importar com a presença dele pode vim.

- Isso lá são horas de almoçar? Pai eterno, já estamos quase no lanche. – falei rindo e ela acabou fazendo o mesmo. Pedi meu café a atendente e paguei por ele. – Onde vocês vão?

- No Sal, ali perto do shopping.

- Huh, tudo bem se eu for? Queria mesmo conversar com você.

Depois que ela me garantiu que eu poderia ir e que não seria um problema eu saí da cafeteria com meu café quentinho em mãos e chamei por um Uber para me deixar o mais próximo do restaurante.

Quando desci do carro já avistei os dois na porta esperando para liberarem mesa então corri até eles, passando o braço pelos ombros dos dois e dando um leve pulinho assustando ambos que viraram com os olhos arregalados. Obviamente eles quiseram me matar, mas eu ignorei, claro. Harry conseguiu uma mesa quase no final do restaurante o que nos dava uma privacidade tamanha e o nível de conforto era incrível. Assim que sentamos o garçom veio perguntar nossas bebidas e saiu depois de anotar os pedidos.