FELIPE
Eu sentia a sua respiração beijar meu peito enquanto Manuela dormia, completamente entregue ao sono que a embalava.
Ainda mantinha em meu rosto o sorriso ao lembrar-me de todos os momentos que vivemos naquela noite. E durante a madrugada também, já que ficarmos conectados um ao outro era mais essencial do que dormir. Até o ponto que eu percebi o cansaço invadir o corpo de Manu, fazendo com que eu a aconchegasse em meus braços. Entreguei-me ao sono instantes depois e poderia dizer que nunca tinha dormido tão bem assim.
Eu não menti em nenhuma palavra que disse. Manuela me fascinava de uma maneira que eu nem conseguia descrever. Seu jeito doce, carinhoso, sua personalidade, seu olhar... tudo nela me encantava e não existia nenhuma dúvida sobre estar apaixonado por ela. E era a primeira vez que eu me sentia daquela forma.
Eu gostei muito de Jussara, gostava da sua companhia e ela me fazia bem. Longe de mim querer comparar uma mulher à outra, mas com Manu era mais intenso. Amava estar com ela e meu coração reclamava quando ela não estava por perto.
Senti quando começou a se remexer em meus braços, sabendo que estava prestes a despertar. Seus cabelos dourados estavam jogados sobre o meu peito e era uma visão e tanto, mas nada superava os seus olhos quando atingiu o clímax de prazer em todas as vezes que fizemos amor naquela noite.
— Bom dia! — saudei assim que senti que ela estava desperta. Já que desde que acordara começou a passar os dedos em círculos pelo meu peito.
Eu tinha total noção que ela fazia isso na inocência, mas meu corpo reagiu de outra forma, estando preparado para estar dentro dela novamente.
— Bom dia — respondeu, levantando o rosto para me dar um sorriso.
Ali, com os cabelos bagunçados – o motivo maior foi pelas minhas mãos que mergulharam em suas mechas conforme nos tocávamos durante aquelas últimas horas –, o rosto sonolento e aquele sorriso tímido deixavam-na linda.
Manuela era completamente linda. De todas as formas e de todos os jeitos.
— Que horas são? — perguntou, se ajeitando na cama e encostando-se na cabeceira.
— A última vez que olhei passava das dez da manhã.
— Mas já? — vi a surpresa passar pelo seu rosto. — Faz tempo que você acordou?
— Umas duas horas antes de você.
— E por que não me acordou também? — fingiu estar zangada.
— Eu seria incapaz de fazer isso. Você dormia tão profundamente, tão serena que não quis tirar isso de você. E eu adoro te admirar.
— Me admirar dormindo? Tem certeza? Falei muito enquanto dormia? — perguntou, levemente constrangida.
— Só um pouco, mas eu adorei ouvir. Até porque era o meu nome que protagonizava todas as suas palavras.
— Pronto! Agora você vai ficar convencido depois disso — zombou, revirando os olhos.
Gargalhando, avancei sobre ela para tomá-la em um beijo. Claro que não fomos capazes de nos contentarmos apenas com isso e logo estávamos na sintonia de nossos corpos.
Não tínhamos nenhuma atividade e nem compromisso para o dia, já que de acordo com Ramon – meu quase sócio, faltando apenas um dia para assinarmos o contrato –, o sábado era dos convidados para fazerem o que quisessem. Desde ficarem descansando em seus respectivos chalés, até caminhar e aproveitar o grande espaço da natureza que tínhamos ao nosso redor.
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Aluga-se uma noiva para o meu chefe
RomanceUma briga afastou Felipe do pai, levando-o para longe por sete anos. Até que um telefonema muda o seu destino, trazendo-a de volta para assumir o cargo de CEO na empresa da família. Percebendo o quanto tudo mudou em sua ausência, ele conhece Manuela...