Capítulo 19

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Antonieta Topaz Point of View

Já era de madrugada, fazia algumas horas que Cheryl tinha ido embora. Mamãe a algumas horas tinha entrado no meu quarto e me dado boa noite, eu estava com uma insônia inexplicável hoje. Por algum motivo eu não conseguia dormir, mesmo que quisesse pois eu estava morrendo de sono, rolei pela cama mais uma vez e fitei o teto do quarto devagando em meus pensamentos, olhei para o lado e vi no meu despertador que eram exatamente 02:43 da madrugada.

Bufei por não conseguir dormir e peguei meu celular que estava encima do criado mudo e fiquei mexendo nas redes sociais, entrei no whatsapp e cliquei no perfil da única pessoa que estava em meus pensamentos 24 horas por dia.

Notei que Cheryl estava on-line e resolvi lhe ligar, me levantei da cama e fui para a porta do meu quarto, coloquei a orelha na porta para me certificar que todos estavam dormindo, ouvi um silêncio total do outro lado, assim que tive a certeza que estavam todos dormindo voltei para a cama e liguei para Cheryl. Chamou algumas vezes, eu estava roendo as unhas da mão, mas logo fui atendida.

Ligação On

– Oh, Oi bebê. — ouvi sua voz rouca do outro lado da ligação e suspirei bobamente.

– Oi Cherry, te acordei? — sussurei.

– Imagina, eu já estava acordada, tô com insônia. — a ouvi bocejar no outro lado da linha.

– Eu também estou. — sussurei. A ouvi murmurar um "hum" e a ligação ficar em silêncio derrepente. Ouvi Cheryl fazer barulhos e o som de molas preencheu aquele silêncio. – O que tá fazendo? — perguntei e franzi o cenho quando a ouvi rir.

– Já que estamos com insônia, que tal sairmos? — perguntou sugestivamente.

– A onde exatamente? — perguntei-lhe.

– Surpresa, Tee-Tee. — sussurou. Mordi os lábios e me virei pra fitar a porta atrás de mim. Confesso que estou com um pouco de medo de ser pega, mas desde o dia na enfermaria que teve a discussão com Cheryl me permiti aproveitar mais o que a vida estava me proporcionando, brigar com Cheryl por motivos bobos estavam fora de cogitação, só eu sei como fiquei triste por passar dias sem falar com ela. Suspirei e fechei os olhos.

– Como eu vou sair? — perguntei.

– Isso é fácil...

Depois da ligação de Cheryl decidi me levantar e vestir uma roupa casual que poderia se usar em qualquer ocasião já que não sabia onde iriamos. Assim que me vesti e escovei meus dente novamente, abri a porta do meu quarto e desci as escadas pisando de fininho com medo de fazer qualquer barulho e acordar meus pais e meus irmãos. Quando cheguei ao andar de baixo fui até a cozinha e ao lado do armário tinha um chaveiro onde guardamos as chaves, fiquei alguns minutos tentando lembrar qual era a chave que abria a porta de entrada pois estava escuro e eu não queria acender a luz por medo de acordar alguém com a claridade e assim que descobri sai e levei a chave comigo.

Eu não voltaria muito tarde e eu estava rezando para que ninguém acordasse de madrugada, então meus pais não iriam notar que a chave tinha desaparecido. Assim que estava fora de casa caminhei até a frente da calçada onde Cheryl me instruiu para lhe esperar.

Estava havendo uma ventania muito forte, cruzei os braços querendo de algum modo me aquecer, me praguejei por não ter lembrado de trazer algum casaco. Se passou alguns minutos e conseguia vê uma figura vindo do meu lado direito, bem no final da rua. Ela estava vestida com uma calça moletom e uma camiseta preta de alguma banda desconhecida por mim, logo notei que aquela roupa era a que ela usava para dormir, revirei os olhos em reprovação por ter perdido meu tempo escolhendo que roupa iria vestir.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora