Antes de começar quero agradecer aos 3K de visualizações, estou muito grata por tudo!
Antoniette Topaz Point Of Views.
O vento batia em meu rosto fortemente junto com as lágrimas que caíam, meu peito subia e descia rapidamente em uma respiração ofegante, eu corria como se aquilo fosse a última coisa da minha vida, como se aquilo fosse a luz para o final daquele pesadelo. Céus, eu estava implorando, suplicando para aquilo ser apenas um sonho, um sonho horrível e aterrorizante. Avistei minha casa do outro lado da rua, apertei mais meus passos e tentei adentrar a casa, a porta estava trancada, peguei meu celular do meu bolso da calça e vi que horas eram, 11:54. Soltei uma lufada de ar, meus pais com certeza tinham saido junto com meus irmãos, pela manhã as oito horas eles iam para a igreja a uns quinze minutos daqui e chegavam só 13:20 em casa.
Eu não gostava muito de falar sobre a religião da minha família, nem para as minhas amigas, sempre foi um assunto delicado que sempre evitava falar. Minha mãe é cristã, meu pai apenas vai pra igreja para acompanhar mamãe e meus irmãos.
Papai não era uma pessoa religiosa igual minha mãe, mas isso não quer dizer que ele seja uma pessoa má, pelo contrário, meu pai era uma pessoa extremamente incrível e um pai maravilhoso, sempre foi o mais liberal possível, ano passado foi o ano que mais teve brigas entre meus pais e foi o ano em que eles mais foram para a igreja. Mamãe sempre foi super protetora e não muito liberal comigo, então sempre que pedia pra sair e ela não deixa eu falava com meu pai e ele ia conversar com ela, o que resultava em brigas e mais brigas entre os dois, e isso resultou em crises de ansiedade que desenvolvi e tive que começar a tomar remédios. Foi ai que eles amenizaram mais as brigas.
Depois de meses minha mãe começou a deixar eu sair e dormi fora de casa, mas claro, sabendo de absolutamente tudo, com quem eu estava, que horário eu chegaria, com quem eu iria e também as ligações que ela vazia a cada uma hora quando eu estava fora.
Eu não sou muito de ir a igreja, talvez só aos domingos onde tinha o culto de família e minha mãe insistia para que eu fosse, já que não ia o resto da semana e eu prontamente assentia e ia com eles. Mas não era um local onde eu queria estar toda hora, apesar que eu acredite em uma coisa maior, além de nós.
Quando comecei a sentir algo por Cheryl me sentia culpada, ainda me sinto culpada pois é uma coisa que pra mim e para os olhos da minha família é errado, sujo e horrível, mas mesmo com esses sentimentos confusos eu não deixava de estar com Cheryl. Está com ela era como se eu, pela primeira vez em anos, poderia ser eu mesma e expressar minha opinião sobre algo, falar sobre o que eu gostava e não gostava, era onde ninguém me moldava e me controlava.
O que minha mãe fazia muito, desde pequena sempre fiz o que minha mãe pedia para alegrará e lhe deixar satisfeita, pois a última coisa que eu queria é ter uma briga com ela, porque ela sempre dava um jeito de reverter a situação para sair como a certa da história.
Respirei fundo e procurei por alguma chave reserva que era deixada no lado de fora por baixo de um tapete ou encima da madeira da porta. Levantei o tapete que ficava do lado de fora e não tinha nada, me coloquei na ponta dos pés e pus minha mão encima da madeira que ficava encima da porta, tatei a madeira até achar algo. Soltei um suspiro em alívio assim que peguei a chave, fui abrir a porta e notei que minhas mãos tremiam, adentrei a casa vazia e silenciosa, e dessa vez tratei de fechar a porta.
Fui para a cozinha tomar um copo com água, minha cabeça estava repassando a cada segundo as coisas que Megan disse, eu não poderia acreditar no que estava acontecendo comigo, no que Megan tinha feito, do olhar de Cheryl olhando pra mim, das meninas e os alunos. Eu bebia a água e lavei o copo e depois o guardei. Eu sentia vontade de chorar, um nó se formava em minha garganta, eu queria gritar, queria quebrar a cara de Megan, mas na hora eu fiquei paralisada, fiquei sem reação, sou muito ESTÚPIDA.
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𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊
Hayran KurguAntoniette Topaz conhece seu marido assim que entra na faculdade, se casaram e depois de um ano tiveram a maior surpresa das suas vidas e junto com ela o divórcio. Depois de tanta turbulência, Antoniette acaba reencontrando o seu amor da adolescênci...