Capítulo 7

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Oi gente, quase não posto um capítulo hoje para vocês, mas decidi soltar um hoje. Espero que estejam gostando da fic e ao decorrer dos capítulos a história vai ficar ainda melhor. Beijos e até o próximo.💕

Antoniette Topaz Point of View

– Eu não aguento mais essa caminhada, meus pés estão doendo e o sol está de matar! — diz minha melhor amiga tentando recuperar seu fôlego.

Hoje era uma quinta-feira de manhã, eu e Betty estávamos caminhando pelo Museum Park, um parque que ficava próximo de Tina Hills Pavilion. A caminhada já tinha começado a alguns minutos.

Terça-feira eu tinha ido atrás de uma obstetra, umas das melhores em miami e acabei encontrando a Dra. Arizona, ela trabalha em um dos melhores hospital de Miami, o Hospital Mercy.

Ela me recomendou que é fundamental fazer caminhadas para evitar o inchaço das pernas, melhorar o equilíbrio e evitar o ganho de peso, mas a parte de evitar ganho de peso está impossível, a cada dia que passa minha barriga cresce, meus peitos doem e sinto minhas mãos e pernas inchadas, vou ao banheiro de uma em uma hora tudo que vejo quero comer, ontem mesmo eu chupei limão com açúcar, sim, limão com açúcar e ainda estou com 13 semanas de gestação, fico imaginando o que ainda vou por na boca até o final da gravidez.

Voltando a consulta que tive com a pediatra, para eu manter uma gravidez saudável teria que manter hábitos de alimentação saudável terei que fazer exercícios regularmente, reduzir o uso da cafeína — o que tá sendo um pouco difícil já que amo café — e não beber nada que tenha álcool.

– Acho que já tá bom. — olho para o meu relógio vendo a cronometragem.

– Eu também acho. — rio, com certeza ela iria achar.

Andamos um pouco até encontrarmos uns bancos que ficavam de frente pro lago do park, nos sentamos ali mesmo. A vista era linda, o lago que era muito bem cuidado com águas limpas, o gramado bem cortado, e uma senhora que estava em um banco do outro lado do lago jogando algumas migalhas de pão para os pássaros faziam à paisagem ficar ainda mais perfeita, do lado direito do lago tinha um grupo de yôga e do lado esquerdo algumas pessoas praticando algum tipo de luta que não pude indentificar qual era.

– Então...— viro minha cabeça para prestar atenção em Betty, ela estava nervosa. – Você conseguiu falar com Michael depois daquele dia?

A tristeza me inundou quando lembrei de todas as tentativas falhas de poder falar com Michael, ligações e e-mail não respondidos, ele estava sumido a algum tempo, confesso que sinto falta dele na maioria do tempo. Betty estava ao meu lado me olhava preocupada com minha falta de resposta.

– hum... não, nenhuma conversa. — eu podia vê a tristeza em seu rosto quando respondi.– Mas tudo bem, não ligo mais pra isso. — menti.

– Sério? — Betty pareceu surpresa com minha fala, talvez ela esteja acreditando.

– Sim. — confirmo, abaixo a cabeça e vejo meus dedos passarem pela minha barriga em um carinho, estava com esse hábito agora. Um silêncio confortável se instalou entre nós.

– Aquela não é a Cheryl? — pergunta Betty confusa.

Levanto minha cabeça de repente. Sigo o olhar de Betty e vi Cheryl correndo no outro lado do park, ela estava de tênis para corrida, uma legging preta e um top da mesma cor, e cabelos presos em um rabo de cavalo, só agora percebo como eles também cresceram e mudaram muito, estão mais longos e brilhantes do que antes.

– Quando você me contou que ela estava na cidade de novo, achei ser coisa da sua cabeça, mas agora vendo com meus próprios olhos... — murmura Betty.

– Podemos ir? — pergunto de repente, ela me olha com os olhos semi cerrados e concorda ainda intrigada, mas não questiona.

Levantamos e fomos andando até a saída do park. Sim, eu estava evitando mais um encontro embaraçoso com Cheryl, desde o dia no supermercado que faz mais de uma semana, nunca mais a tinha visto, é estranho evitar uma pessoa que antes o que você mais queria era está com ela, mas em meio a todo esse caos que tá acontecendo na minha vida é bom evitar mais um problema.

Com certeza a Cheryl ainda é um problema e um mistério para mim, primeiramente o problema é pelo simples fato que não consigo evitar minhas emoções perto dela, me sinto nervosa, tensa e começo a soar. O segundo é que se eu ficar próxima a ela, não vou conseguir ficar parada até descobrir o que tanto quero a mais de sete anos, saber o motivo pra ela ter ido embora sem deixar um recado e um relacionamento para trás, e quero evitar me magoar se o motivo for ruim, bom isso que dá querer ser advogado, você fica intrigado com um caso, e esse é um dos vários casos que ainda não solucionei a mais de anos.

Por um lado fiquei feliz por sair do park sem me encontrar com Cheryl, mas por outro lado fiquei triste por isso não ter acontecido. Depois de vinte minutos de caminhada e bate-papo com Betty chegamos em minha casa, Betty já chegou indo a cozinha para vê se achava algo para comer e eu fui para o andar de cima tomar um banho e tirar aquele suor da caminhada, subi as escadas está se tornando uma tarefa difícil a cada dia.

Depois do banho eu ajudei Betty a preparar o almoço, Betty estava hospedada em minha casa já faz alguns dias e acho difícil ela ir embora depois de meses sendo ignorada, não reclamo pois é bom ter uma companhia ou outra nessa casa enorme, faz com que eu não me sinta uma idosa divorciada, solitária e sozinha. O resto do dia foi assim, Miami com seus 23 ° C, a TV ligada passando algum filme ou série, comida na mesinha da sala e um bate-papo com minha melhor amiga.

                          --×--

Sábado, posso dizer que esse é o melhor dia da semana. Acordei com Betty dormindo ao meu lado da cama, ela estava toda torta e babando a fronha do travesseiro, olhei para aquilo e ri, lembro que depois de várias maratonas de filmes já estava ficando tarde e Betty queria porque queria dormi no meu quarto, talvez ela ache que eu precise de uma atenção dobrada ou que estou muito carente já que Michael foi embora.

Levantei com um pouco de dificuldade da cama e fui em direção ao banheiro do meu quarto, me despi e liguei a chuveiro e ajeitei ele para água morna e assim que ela entra em contato com minha pele um arrepio se espalha por todo o meu corpo, meus músculos que estavam tenso se relaxam em questão de segundos.

Depois de alguns minutos saio do banho, vou para dentro do closet e visto um vestido bem solto, terça-feira passada tinha ido com Betty comprar algumas roupas de grávida no shopping, então agora tenho bastante delas e não preciso me preocupar com vestimentos apertados.

Assim que estou vestida e arrumada — apenas penteei o cabelo. — saio do banheiro e vejo a cama devidamente arrumada e vazia, com certeza Betty já deve estar no andar de baixo.

Desço as escadas e a vejo na cozinha fritando bacons e ovos em uma frigideira, me sento em uma cadeira enfrente a bancada, sinto a sensação de está dividindo a casa com minha mãe.

– Bom dia, fiona. — diz Betty com um sorriso largo no rosto. Como ela consegue acordar feliz de manhã?

– Bom dia, Ogra. — respondo seco.

– Vamos ir para algum lugar hoje? — pergunta não ligando para a minha desmotivação logo pela manhã, desliga o fogão e pega os pães em uma prateleira no armário.

– Só para a consulta com a obstetra.

– Vai ser que horas? — termina de por os becons e ovos nos dois pães e os colocam em um prato. Logo ela se vira e me entrega um, murmuro um obrigada.

– Às 13h, se não me engano.

– Vou junto! — diz Betty totalmente animada. Reviro os olhos, esse entusiasmo tá me matando aos poucos e quase fazendo eu dizer um —não, você não vai!—

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora