Capítulo 10

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Antoniette Topaz Point of View

Estamos eu e Betty seguindo um Nissan Versa Vermelho que era de Cheryl. Tinhamos combinado de cada uma ir no seu carro já que se eu deixasse o meu no hospital teria que ir pegá-lo de novo. Estamos a caminho da Cafeteria Miami que por um acaso é a minha cafeteria favorita e a de Cheryl, lembro que quando eramos mais novas vínhamos aqui de manhã antes de ir para a escola tomar café, e quando não vinha só eu e Cheryl , vinha as meninas conosco, Betty e Verônica.

Não entendo o por que da Cheryl querer levar a gente pra lá, talvez ela queira relembrar os velhos tempos, pensei. Ela que uma chance de entrar nas nossas vidas mais uma vez? Confesso que estou confusa e tentando montar esse quebra cabeça que se chama Cheryl, mais uma vez.

Estacionamos ao lado do carro da Cheryl no estacionamento da cafeteria, descemos do carro quase todas juntas e adentramos o local, nos sentamos em uma mesa de canto que dava a vista do lado de fora pois tinha uma parede de vidro, me senti nostálgica. Betty estava sentada ao meu lado e Cheryl do outro lado da mesa. A garçonete vinha a nossa mesa e anotou nossos pedidos, pedi muitas panquecas com calda de chocolate e um capuccino.

– Então Cheryl... — chamei a atenção das mulheres ao meu lado. – Qual a sua especialidade?

– Pediatra, fiz a bacharelado que durou 4 anos e fiz minha residência que durou 3 anos. Depois consegui virar Pediatra. — terminou com um sorriso orgulhosa no rosto.

– Nossa, você ficou 7 anos estudando até virar realmente médica, é muito tempo. — confessou Betty boquiaberta.

– É... Mas tudo valeu a pena.  — deu de ombros.

– Percebi. — digo um pouco irritada.

Tudo valeu a pena, então valeu a pena ter ido embora e me deixado? valeu a pena não ter me mando uma mensagem? um telefonema ou até e-mail? 

Fechei meus punhos encima da mesa irritada e revirei meus olhos, fitei o lado de fora da cafeteria, as ruas estavam cheias de gente andando pra lá e pra cá. Acho que são os hormônios.

– Bom, pelos menos quando a filha da Toni nascer ela pode ter consultas de graça. — diz Betty sugestivamente, olho para Betty irritada, ela sempre tem que falar o que não deve. Cheryl estava com as sobrancelhas juntas em confusão.

– Filha? — ela pareceu surpresa.

– Sim, uma menina. — murmuro desviando os olhos, isso me trás lembranças que no momento não queria lembrar. Vejo de canto um sorriso de lado nascer em seu rosto, seus olhos estavam mais brilhantes que o normal.

– Com certeza ela vai ser linda. — minhas bochechas esquentam, meu Deus me sinto uma adolescente idiota por conta dela, cala a boca, Cheryl!

– Me digam se vocês forem começar a flertar pra eu sair da mesa, por favor. — falou Betty revirando os olhos e fazendo sinal de vômito com o dedo na boca, aproveito sua destração e a chuto por debaixo da mesa. — Aí, isso doeu, Toni! – gritou irritada passando mão no tornozelo o esfregando por debaixo da mesa.

– Que bom, era para doer mesmo. — sorrio forçado. – E não estamos flertando, estamos apenas conversando como duas velhas amigas.

– Amigas não se dedavam.

– BETTY. — eu e Cheryl gritamos juntas. Cheryl também estava vermelha assim como eu. Logo em seguida a garçonete trás nosso pedido, melhor hora para ela vim. A agradeci gentilmente e provei o primeiro pedaço da panqueca, eu estava constrangida.

– Isso tá tão bom. — murmuro satisfeita e ponho mais um pedaço na boca.

– Parece que a gravidez aumentou seu apetite dez vezes, antes você já comia muito, mas agora... — diz Betty de boca cheia, ouço a risada contagiante de Cheryl, seu sorriso de orelha a orelha. Logo sorrio também a olhando enquanto mastigava.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora