Capítulo 17

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Antoniette Topaz Point Of Views

(Aviso: ainda estamos no Flashback.)

Depois que sai da escola fui para casa naquele dia, meus pais conseguiram falar com o diretor pra ele me liberar. Fiquei dois dias sem sair de casa, apenas no meu quarto deitada e minha mãe a cada 1 hora entrando pra saber se eu estava bem. As vezes eu odiava essa super proteção da minha mãe, entendo que é só pra cuidar e me ver bem, mas se torna algo muito irritante, papai é totalmente diferente, sempre foi tranquilo, não invadia meu espaço e sempre me apoiava nas minhas decisões, acho que nesses dias o que me salvou foram meu irmão e minha irmã indo ao meu quarto brincar pra não me deixar no tédio.

Hoje eu estava indo para a escola, tinha acordado mais cedo que o normal com o intuito de conversar com Cheryl. E falando na garota de cabelos ruivos, nesse tempo que fiquei em casa não vi Cheryl e o que mais me deixou triste foi que ela nem veio me vê nesses dias, apenas vieram Betty e Verônica.

Pensei na possibilidade de Cheryl estar com raiva de mim depois da nossa briga na enfermaria, mas Verônica — que era a mais próxima depois de mim da Cheryl. — disse que ela não estava com raiva, apenas queria um tempo sozinha, óbvio que entendi e nesses dois dias não mandei mensagem e não liguei pra ela. Mas foram dois dias que com certeza foram tempo suficiente para ela pensar, acho que dá pra perceber que não consigo ficar longe dela.

Saio de casa já totalmente arrumada para ir a escola, mamãe sugeriu em me deixar na escola de carro hoje, mas neguei gentilmente falando que não precisava. Depois de dez minutos andando havia cheguei, assim que já estava dentro andei pelos corredores até chega ao meu armário e por apenas alguns livros que eu não iria usar hoje, depois que os guardei fui em direção ao pátio que era o único lugar que as meninas ficavam nessa parte da manhã. As procurei com os olhos pelo pátio até que vi Betty sentada na mesa junto com Verônica e ... Cheryl. Respirei fundo criando coragem para ir até elas.

– Bom dia, meninas. — falei em pé ao lado de Verônica

– Toni! — Betty se levantou em um só lavanco e me abraçou, vi Verônica fazer o mesmo. Cheryl continuou sentada, apenas me deu um sorriso no qual eu retribui. Assim que as meninas sairam do abraço eu pude me sentar ao lado de Verônica, Betty se sentou do outro ao lado de Cheryl.

– Como você tá? — perguntou Verônica preocupada.

– Eu estou bem, passei esses últimos dias socada no quarta já que minha mãe a todo momento dizia que eu estava em recuperação. — revirei os olhos e fiz aspas na última palavra.

– Deveríamos comemorar sua recuperação.

– Como assim? — vi um sorriso diabólico nascer nos lábios de Betty e Verônica.

– FESTA! — gritaram juntas.

– Oh, sem festa por favor. — Cheryl se manifestou com os olhos arregalados, foi a única coisa dita pela primeira vez após eu chegar.

– Bora, Tonizinha. — Verônica juntou as mãos e fez bico. Revirei os olhos mais uma vez e me vire para olhar Cheryl, ela estava me fitando com os olhos reososos.

– Tá... pode ser.

– AEEEEEE! — gritaram Verônica e Betty e deram socos no ar em comemoração.

Depois de conversamos muito o sinal tocou avisando que deveríamos ir para as salas. Eu e Cheryl não nos falamos desde que cheguei, e a única coisa que ela disse foi sobre não fazermos festa. Levantei da mesa e fiquei olhando para Cheryl, estava esperando ela vim até mim para me levar pra sala igual ela fazia todos os dias. A vi se levantar e se despedi das meninas já que a sua aula era diferente da nossa, assim que ela me encarou apenas deu um sorriso fraco e virou as costas saindo do pátio.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora