Capítulo 36

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Bati levemente na porta, esperei nervosa colocando as mãos para trás no bolso da minha calça. Minhas mãos tremiam de ansiedade e medo, pensei em diversos métodos de abordar minha mãe e tentar fazer com que a gente não brigasse, mas eu sabia que aquilo iria ser impossível.
Ouvi o barulho de chaves e a porta ser aberta.

– Maninha. — gritou Cristina animada antes de me agarrar me puxando para um abraço caloroso.

Seus braços finos estavam em volta do meu corpo, coloquei os meus em volta do seu para retribuir o abraço. Sentia saudade do abraço da minha irmã, sentia liberar oxitocina do meu corpo assim que fechei meus olhos e o nervosismo que antes eu sentia estava se dissipando dando lugar a calmaria agora.

– Eu estava com tanta saudade, Cris.

– Eu também senti e Fangs também. — falou rindo, ela me puxou para dentro da casa e fechou a porta atrás de mim. – Por incrível que parece ele tem sentimentos. — rimos juntas.

Fangs nunca foi apegado a mim igual Cristina, ele sempre foi de está no seu cantinho quieto e calmo, já Cristina era totalmente o oposto do seu irmão. Ela é agitada, não tem nem um pingo de calma e sempre quer está onde está tendo o alvoroço. E o principal, nunca controla a língua dentro da boca.

– Isso é novidade. — comentei rindo.

Ouvimos uma voz grossa nos chamar a atenção.

– Cristina, Toni chegou? — era a voz do meu pai. Ele deveria estar no andar de cima, sua voz estava abafada.

– Chegou, papai! — gritou alto enquanto caminhamos em direção a sala.

Ouvi passos vindo do andar de cima e o barulho de degraus na escada entregavam que alguém estava descendo. Não demorei muito para que pudesse vê-lo caminhando em minha direção.

– Antoniette. — disse me puxando para um abraço cheio de saudade.

– Papai. — o abracei forte e ele retribui isso. Eu estava com tanta saudade do meu pai que só agora o abraçando percebi. Ele afagava minhas costas com sua mão grossa e grande.

– Sentimos sua falta. — ele me soltou sorrindo enquanto me olhava. Seus olhos transmitiam saudade e alivio por me ver. – Uau, e como está esse bebezão aqui? — ele se agachou colocando sua mão na minha barriga, sua animação era de outro mundo enquanto acariciava minha barriga, isso me fez rir.

– Ela está bem, apesar de está um pouco enjoada hoje.

– Eu ouvi "ela"?

A voz da minha mãe surpresa se fez também presente naquele cômodo, respirei fundo tentando acalmar aquela sensação de desconforto com sua presença agora. Fangs descia junto com Kátia pela escada de madeira que fazia alguns barulhos por seus passos. Fangs olhou para mim e sorriu calorosamente e animado, e acreditei que ele realmente sentia minha falta, apenas sorri de volta, ele estava enorme já passava de mim, não que eu fosse tão alta. Mamãe estava vestida com uma roupa casual dando passos precisos em cada degrau dá escada até manter seus pés firmes no chão.

– Agora eu entendi o porque dos biscoitos. — Fangs falou divertidamente com seus olhos apertados sobre mim.

– Mamãe fez biscoito só por sua causa, Toni. – Cristina revirou os olhos e se jogou no sofá de qualquer jeito. – Eu e Fangs estamos pedindo a semanas para que ela faça. — cruzou os braços com um bico enorme.

– Cristina! — Kátia a repreendeu olhando séria para ela. – Viu o modo como você se jogou no sofá? Já conversamos sobre isso. — a repreendeu. Cristina fez questão de respirar alto e se sentou corretamente no sofá revirando os olhos. Mamãe negou com a cabeça e sua atenção estava em mim novamente, um sorriso estava em seu rosto quando olhou minha barriga. – Então é uma garotinha? — se aproximou de mim. Prendi o ar quando ela chegou perto e pegou em minha barriga como se estivesse orgulhosa de mim. – Michael deve está tão feliz. — Ela disse sorridente e levantou suas mãos para acariciar minhas bochechas. Forcei um sorriso para ela, um sorriso cheio de insegurança e medo.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora