𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊

Capítulo 12

Antoniette Topaz Point Of View.

Acordei ás 8 da manhã, passei a mão em minha barriga — tô pegando o esse costume, já comentei? — senti minha garganta arder, e algo estranho vindo do meu estômago, levantei da cama e corri pro banheiro abrindo a tampa do vaso e me ajoelhando, vomitei, os enjôos estão começando a aparecer desde então.

Assim que fecho a tampa dou descarga, tive que segurar no mármore da pia para levantar — até nisso não consigo mais — vou para debaixo do chuveiro, o coloquei em uma temperatura morna já que estava sentindo frio, enquanto tomava banho lembrei que hoje sairia com Cheryl para comprar um presente para Sofia.

Assim que terminei sai do banheiro e fui para o meu closet vê que roupa usaria nessa manhã, optei por uma macaquinha de seda, bem leve. Penteei o cabelo e consegui fazer uma trança raiz, peguei meu celular encima da escrivaninha e minha bolsa e desci as escadas para o andar de baixo, enquanto ia para a cozinha ouvi minha campainha tocar e parei tudo o que estava fazendo.

Olhei o relógio que estava na parede da sala e vi que eram 10 Hrs, — sempre pontual, revirei os olhos.— Sabia quem estava ali, e já estava dando indícios do meu nervosismo. Sai da cozinha e fui em direção a porta de entrada, quando a abri vi Cheryl ali, com seu cabelos ruivos em um rabo de cavalo, usava uma calça jeans preta e um moletom de crochê branco com listras prestas, nos pés apenas um tênis. Ela tava simples demais e mesmo assim conseguia ser linda.

– Entra. — digo, dou espaço para ela adentrar e ouço um " obrigada " .

A observei de costas olhando com muita atenção a parte interna da minha casa.

– Sua casa é linda. — falou, se virou para mim e a vi por as mãos no bolso traseiro da calça jeans, estava nervosa. Era bom saber que ainda conseguia ler ela.

– Obrigada. — dei um sorriso envergonhada e fechei a porta, fui para a cozinha. – Você que comer alguma coisa? Posso fazer algo pra você.

— Você já comeu? — a vi franzi as sobrancelhas e me fitar com seus olhos intensos.

– E-eu não comi nada ainda. — gaguejei.

– Ótimo. — um sorriso cresceu em seus lábios. – Podemos ir pra cafeteria comer alguma coisa e depois vamos comprar o presente da Sofia. — concordei apenas balançando minha cabeça, não conseguia falar mais nada, a presença de Cheryl me deixa totalmente intimidada.

Saímos e tranquei a porta da casa. Pude vê o Nissan vermelho e Cheryl encostada nele do outro lado da rua estacionado. Ela me fez um pequeno movimento com a cabeça como se estivesse me chamando para adentrar o carro, tomei um pouco de ar e fui andando até chegar em Cheryl. Assim que cheguei perto do carro ela abriu a porta para mim e o adentrei, logo a vejo dá a volta e se sentar no banco do motorista e o som do carro se faz presente.

– Não perde o costume. — murmurei timidamente olhando para ela. Ela me fitou com confusa com minha fala.

– De que?

– Seu cavaleirismo. — reviro os olhos divertidamente com um sorriso nos lábios.

– Pensei que gostasse... Bom, você falava que gostava antes. — indagou ainda confusa.

– Não, eu gosto disso. — ri timidamente. – É que tô meio desacostumada com isso, já faz anos.

– Bom, pode começar a se acostumar novamente. — disse com um sorriso diabólico nos lábios. – Ainda mais se sairmos sempre. — Ela olhou para mim ainda com aquele sorriso no rosto, logo seu olhar se abaixa para minha barriga e seu sorriso aumenta. – E você tá linda. — me fitou por alguns segundos e logo se virou ligou o carro e saiu catando pneu. Eu apenas consegui falar um "obrigada" bem baixinho, eu com certeza estava vermelha, ainda odeio suas investidas e o que elas me causam, Cheryl.