Capítulo 27

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Antoniette Topaz Point Of Views

Abri os olhos lentamente piscando algumas vezes pela claridade que se fazia presente ainda, podia ouvir o barulho da TV ao meu lado ligada, forcei minha vista que estava embaçada a enxergar algo.

Notei que eu ainda estava deitada no sofá da sala, meu corpo estava coberto por um lençol azul marinho, franzi o cenho sem entender como aquilo foi parar ali, mas assim que coloquei meu olhos na cozinha e vi uma ruiva andando pra lá e pra cá mexendo no fogão eu percebi que quem pôs aquilo ali foi ela. Bocejei e me coloquei sentada no sofá, sentia um cheiro bom saindo da cozinha, cheirava a frango, milho e mais alguns cheiros que não consegui identificar.

Me levantei do sofá cuidadosamente indo em direção a cozinha, Cheryl estava mexendo em uma travessa de costas pra mim, me sentei na cadeira que ficava enfrente a bancada da cozinha coçando meu olhos e comecei a fita-la, ela estava tão entretida que não notou minha presença por alguns minutos, depois de um bom tempo observando a ruiva, falei.

– O que está cozinhando? — perguntei. Cheryl deu um pulo engraçado pelo susto e pôs as mãos no peito, segurei o riso por sua reação.

– Você me assustou. — disse ofegante.

– Me desculpa... — falei risonha. – Mas, o que está fazendo? — perguntei realmente interessada, ela se virou novamente e pegou a travessa que continha algo dentro e pôs na bancada a minha frente.

– Enchilada, já experimentou alguma vez? — perguntou se virando e indo em direção ao armário pegando dois pratos e alguns talheres.

– Nunca, mas parece muito bom. — falei, eu já sentia minha boca salivando com aquele cheiro delicioso que vinha dali e a cara estava muito bom.

– Com certeza vai gostar. — disse pondo os pratos encima da bancada, tralheres e se virou pegando os copos e indo na geladeira tirando uma jarra de suco de laranja. – A enchilada é uma panqueca de milho mexicana, muito condimentada, recheada de carne, feijões ou frango e que leva por cima molho de piripíri e queijo ralado.

– Isso deve tá tão bom. — sussurrei faminta. Ouvi ela rir e por tudo que pegou encima da mesa. A fitei por um tempo. – Já sabe até onde fica minhas coisas. — falei divertidamente.

– Desculpa... — falou timidamente. – Você dormiu e achei que quando acordasse iria estar com fome, então me pus a fazer algo pra você comer e acabei explorando sua casa.

– Achou alguma passagem secreta? — perguntei divertidamente.

– Ainda não, mas depois vou explorar mais. — respondeu entrando na brincadeira, dei uma gargalhada divertida.

– Obrigada, de verdade. Mas não precisava fazer a comida.

– Precisava sim, é o mínimo que posso fazer por você. — seu sorriso era radiante e encantador para mim, apenas dei um leve sorriso de lado e sussurrei um "obrigada" novamente, Cheryl a cada dia que se passava se mostrava realmente querer se aproximar de mim, aos poucos indo me conquistando com o seu cuidado, sua proteção e o seu carinho que me lembrava o tempo da escola.Confesso que aquilo me enchia de um sentimento que a anos eu tinha esquecido, um sentimento que eu apenas sentia com ela. – Vamos comer! — disse animada, pegou meu prato e me serviu cortando a torta em um pedaço médio, depois de me servir ela tratou de colocar também em seu prato. – Suco?

– Sim, por favor. — falei educadamente, ela pegou o copo e me serviu um pouco do suco.

Comemos entretidas com a conversa que tinhamos, a comida estava realmente muito boa e a elogiei por aquilo. Enquanto conversávamos descobri que Cheryl adorava cozinhar e sempre gostava de inovar na cozinha querendo fazer algo novo sempre. Falamos também sobre o seu trabalho e ela disse que estava indo tudo bem e que tirou uma folga hoje para apenas vim me ver, não pude conter o rubor vermelho que explodiu em minhas bochechas por saber disso, a conversa estava indo bem, estava sendo tão leve e divertida, está com Cheryl era sempre bom, era leve e descontraído, sentia a Toni de verdade ao lado da ruiva, a Toni que poucos sabiam que existia, entre risadas e alguns sorrisos bobos que estavam presentes ali, chegamos em um assunto delicado.

𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 •𝒄𝒉𝒐𝒏𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora