Uma descoberta

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Boa leitura

— Avise a polícia, querida, mesmo sem ter alguma certeza.

Disse o homem, descendo as escadas, segurando sua arma. Barulhos estranhos, algo que os fez despertar de um sono tranquilo. Carson, um homem de negócios, e Elena, uma advogada. Ele faria de tudo para protegê-la, afinal, era sua amada, nunca permitiria que nenhum mal chegasse perto, muito menos de sua pequena filha, Esme, de apenas seis meses, e que dormia serenamente.

O homem mantinha-se firme, o barulho vinha da cozinha, como se suas panelas estivessem sido reviradas. Ele nota a grande bagunça feita em sua cozinha, feita por um desconhecido, o que lhe deu certeza de que havia alguém na casa. 

— Quem está aí?.

Falou, irritado, em posição de ataque. Rapidamente, viu algo mexer - se ao seu redor, como um vulto negro, o que lhe assustou, fazendo com que perdesse o equilíbrio, tropeçando em algo que estava no chão, no meio daquela grande bagunça.

Ele tentou então, levantar e se pôr em posição de ataque novamente, mas, uma figura se coloca em sua frente, um homem estranho, pálido, com olhos azuis cansados e insanos, demonstravam o mal, o mal que havia dentro daquele indivíduo.

Ele queria brincar, se divertir bastante com aquela família, mas já sabia que a polícia tinha sido chamada, então, buscou ser rápido. Matou primeiro o rapaz, com facadas violentas, em lugares aleatórios, perfurando a carne com precisão, espalhando sangue, e pedaços de vísceras pelo lugar. Fazia isso sorrindo, rindo, mostrando que estava sendo divertido, pelo menos, para ele.

Quando viu que o corpo já não tinha chance de vida, subiu sorrateiramente as escadas, manchando o carpete da escada com as marcas de seu coturno ensanguentados, trocaria de calçado assim que fosse embora, para evitar sua identificação.

A mulher estava sentada de costas para a porta, com o telefone em mãos, teria acabado de falar com a polícia a pouco tempo. Estava trêmula, teria escutado todo o horror que teria acontecido com seu marido, apenas estava estática, sem saber o que fazer, mas pensou em manter silêncio, para quem sabe, o invasor ir embora.

Mas ele não iria, afinal, eram mais presas para sua coleção. Ele segura os cabelos de Elena, fazendo com que a mesma gritasse por ajuda, o que parecia inútil, pois os vizinhos dormiam como pedras, afinal, eram por volta das quatro da madrugada, que vizinho estaria espiando a vida do outro nesse momento?. 

Resolveu torturá-la por chamar a polícia, cortando sua língua, um corte torto, mas eficaz, juntamente com cada um de seus dedos, o que lhe deu um pouco de trabalho, já que os ossos da mesma pareciam ser bem saudáveis. Ela não poderia mais gritar, mas emitia os barulhos que conseguia. Resolve finalizar, deixando um sorriso em seu rosto assustado, fazendo um corte em forma de sorriso em sua boca, fazendo uma perfeita cena insana,  como se fosse uma grande obra de arte. 

Deixa o corpo de Helena sobre sua cama, sorridente. Começa a descer as escadas para ir embora, mas, escuta uma risada, uma risada desajeitada. Ele estranha, não sabia de outro membro na casa. Sobe, seguindo o som daquela risada.

Entra no quarto da criança, Esme, que havia acabado de acordar cheia de alegria, mal sabia o que teria acontecido com seus pais, apenas sorria, e brincava com os brinquedos em seu berço.

O indivíduo aproxima-se, olhando a criança, mas não quis matá-la, apenas apreciou o jeito que a mesma brincava, o jeito como colocava seus brinquedos, organizados demais para uma criança daquela idade, o que o fez, a achar de fato, parecida com ele. 

Um estrondo na casa o fez acordar para a realidade, teria esquecido completamente de que os policiais estavam à caminho, tomou então uma decisão rápida, pulando da janela do primeiro andar, sabia que poderia quebrar algo, mas, continuaria livre.

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