Amor Delinquente; Keisuke Baji (Dark romance)

Capítulo XVIII

[...]

Eu estava no refeitório, era hora do intervalo e quase todos os alunos estavam na fila para poder pegar a merenda, não é novidade se eu falar que Mikey foi o primeiro da fila. 

- Mas você já tá aqui? - Disse a cozinheira olhando para Mikey.

- Pode por bastante, eu tenho que alimentar bem a Aslom. - Mikey massageou a barriga. 

- Aslom? - Perguntou a cozinheira enquanto preparava o prato.

- Aslombriga da minha barriga. - Mikey pegou o prato e foi correndo atrás de uma mesa para se sentar com o garfo na boca. 

Assim que peguei meu prato me sentei ao lado dele enquanto esperava os outros, Chifuyu apenas pegou um garfo, eu iria dividir meu prato com ele. Começamos a comer, de vez enquanto tinha uma piada aqui e outra ali que fazia-nos rir com a comida na boca. 

- Nas férias eu irei à praia com a minha irmã, eu estou louco para afogar ela. - Disse Mikey com a boca cheia. 

- PARA DE CUSPIR NO NOSSO PRATO, SEU PORCO! - Gritou Chifuyu.

- Tá reclamando de mim? Eu sou limpinho, e se fosse o Takemichi? - Perguntou Mikey. 

- Pior ainda, eu jogava o prato na cara dele. - Falou Chifuyu em tom de reprovação, isso me fez segurar a risada para não cuspir a comida fora da boca. 

Depois que eu me acalmei de tanto dar risadas, minha visão foi parar em alguém ao lado da porta do banheiro, era Baji, ele estava me encarando, que saco… por que esse cara não vai na sala dele assinar papelada? Virei minha atenção para Mikey. 

- É hoje que damos início. - Falei o fazendo lembrar da conversa que tivemos sobre Draken. 

- Início a que? - Perguntou Emma. 

- A um jogo, é, um jogo. - Mikey respondeu rapidamente em forma de desespero, esse merda não sabia nem disfarçar.

Deixei com que Chifuyu terminasse de comer o que tinha no nosso prato e me retirei indo em direção ao banheiro, estava torcendo para que Keisuke me deixasse passar abatido, mas não foi o que aconteceu, ele colocou o pé na frente fazendo eu tropeçar. 

- Ops, olha por onde anda, pequena. - Baji soltou uma leve risada me olhando. 

Ignorei como se nada tivesse acontecido e entrei no banheiro, mas percebi que Chifuyu o fuzilou com os olhos, esses dois ainda brigaram feio por minha causa, estou sentindo que alguma merda das grandes vai acontecer, odeio esse pressentimento! Ou seria intuição? 

Abaixo minhas calças e me sentei na privada, estava pensando em tudo que tinha ocorrido recentemente, eu nem saúde mental tinha mais! Depois dessa sessão de tortura eu preciso de um psicólogo. Quando ia me vestir meus olhos acabaram fixando em minha calcinha, mas que porcaria! Eu tô menstruada! A única coisa que consegui pensar era se eu sujei o banco em que eu estava sentada minutos atrás. 

- S/n? - Ouvia a voz de Hina. 

- Hina! - Gritei. - Você não acredita-. - Fui interrompida. 

- S/N! - Era a voz de Emma. - Amiga, você sujou feio o banco, assim que Chifuyu viu ele colocou a blusa de frio dele em cima limpando, em seguida nos contou. 

Puta que pariu, eu não sabia onde enfiar a cara, eu estava coberta de vergonha! Tudo bem que Chifuyu era como um irmão para mim, mas de qualquer forma a vergonha não deixa de sumir. 

- Vocês… tem absorvente aí? - Perguntei um pouco sem jeito. 

- Não… - Disse Hina.

- Eu tenho! Mas é somente do pequeno, serve? - Perguntou Emma do lado de fora da cabine.