Capítulo XXXIV

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- Eu não suporto ver outros caras dando em cima de você. - Keisuke respirou fundo tentando manter a calma.

- Ignora eles. - movi minha cabeça para cima olhando o rosto de Baji. - Eu não bato nas mulheres que dão em cima de você.

- Por isso você veio com defeito. - O moreno deu uma risada baixa.

Enquanto a garçonete não entregava nosso pedido, eu e Baji ficamos conversando um pouco, mas pelo jeito de Keisuke não foi uma conversa nada agradável, ele adorava tirar sarro de mim ou bagunçar o cabelo que demorei para deixar perfeito, pude ver seu olhar fixar em meu pescoço.

- Você ainda usa? - Keisuke passou os dedos na joia do colar.

- Por que eu não usaria? Só porque um delinquente roubou e me deu? - Dei uma risada baixa. - Eu nunca tirei o colar que você me deu do pescoço. 

- Hahaha, você é uma garota tola. Vai colocar a rosa que eu te dei em um freezer para ela durar também? -  Baji riu, mas logo depois desviou o olhar corando. - Obrigado… por ter valorizado isso… - Keisuke disse com receio.

- Ah, que gracinha você sendo fofo, poderia ser assim sempre. - Abri um sorriso de canto no rosto.

- Que droga! Eu nunca mais falo uma porra dessas! - Baji bateu com tudo na mesa vermelho de vergonha, eu apenas comecei a rir do seu desconforto, ele ficava com raiva quando se sentia envergonhado, isso começou a ficar nítido. 

- Baji... - Peguei no rosto do maior com as duas mãos e dei um selinho demorado, Keisuke segurou em meu pescoço querendo iniciar um beijo, mas o interrompi. - Estamos em público, se comporte.

- Tsk, isso não vai ficar assim. - Baji cruzou os braços fazendo uma cara emburrada, o que me fez dar uma risada.

A garçonete chegou na mesa com os nossos pedidos interrompendo a conversa, eram ao todo quatro bandejas grandes, ela colocou na mesa e avisou que iria pegar o resto.

- Baji, quanta comida você pediu? - Fiz uma expressão de surpresa ao ver Keisuke levantar as bandejas.

- Eu já disse que bastante, eu achei que você comia muito já que parece uma bandeira pirata. - Baji me deu um sorriso.

- Uma bandeira pirata? - Fiz expressão de dúvida.

- Sim, só a caveira e o pano. - Keisuke deu uma risada alta e assim que eu ouvi suas palavras dei um tapa no seu ombro.

- Não sou tão magra assim, eu até que tenho algo aqui. - Coloquei as minhas duas mãos em meus seios os apertando.

- Odeio ter que concordar com você, mas até que você tem umas curvas interessantes. - Baji fez uma expressão pervertida levantando uma sobrancelha.

A garçonete voltou para a nossa mesa com mais quatro bandejas, eu observei me perguntando como iria comer tudo aquilo. Tinha muita coisa, açafrão, caviar, ostras, polvo, carne Wagyu e até mesmo... macarrão com molho de tomate?!

- Macarrão?! Sabia que é uma das minhas comidas prediletas? - Meus olhos brilharam ao ver o prato.

- Eu sei. - Baji abriu um sorriso e começou a se servir. 

- Como sabe? - Peguei um garfo e faca e fiz o mesmo. 

- Sua irmã me contou, ou melhor, eu perguntei. - Keisuke começou a comer. 

- Perguntou, foi? Está tentando me agradar? - Levantei uma sobrancelha.

- Cala a boca, sua vadia. - Baji deu uma risada e revirou os olhos. - Ou melhor, minha vadia. 

Amor Delinquente; Keisuke Baji (Dark romance)Onde histórias criam vida. Descubra agora