ESTOU atrasada, que maravilha. Simplesmente algumas semanas sem aula e me acostumei a acordar tarde, agora voltar a pular da cama cedo é horrível.Não tenho tempo para me arrumar direito, apenas visto alguma roupa qualquer que acho que combine. A arrumo meus cabelos que estão uma bagunça negra e vou para cozinha. Encontro uma mesa de café da manhã completa, o que significa que hoje tia Lucy não vai trabalhar.
- Devia comprar um despertador melhor. - A voz de tia Lucy invade o cômodo e ela aparece carregando um cesto de roupas limpas.
- Bom dia, tia. - Digo e a dou um leve abraço. - Não devia gastar sua folga fazendo as coisas de casa. - Repreendo tirando o cesto dela, deixando-o no armário.
- Deixa de besteira garota. - Ela ri e se senta na mesa.
Me junto a ela. Não é sempre que ela tem folgas no hospital. É raro e ela nunca descansa.
Pego alguns pães caseiros e um pouco de leite, não me esqueci que estou atrasada e dessa vez não terei carona de Max. O mesmo entra na cozinha com pressa, tem uma mochila nas costas e muita determinação no olhar. Ele não para nem para nos comprimentar e ataca o armário a procura de algo.
- Bom dia pra' você também. - Falo alto.
- Bom dia, moças Simmons. - Ele faz algum tipo de saudação esquisita com os braços e volta a procura nos armários.
- O que está procurando, filho? - Tia pergunta.
- Meus enérgicos.
- Estão na geladeira, seu burro. - Digo. Ele me dá língua e tia Lucy me repreende com o olhar.
Ela deve se perguntar quando nos dois vamos nos tratar como gente e não como animais.
Meu primo pega dois energéticos e os coloca na mochila, logo senta na mesa conosco. E pega alguns dos cookies que fiz que sobraram.
- Vai na sua entrevista hoje? - Tia puxa o assunto e ele assente com a cabeça enquanto enche a boca de cookies.
Max está tentando arrumar um emprego faz um mês e bem, não conseguiu até agora. Ele já teria desistido, se não precisasse de dinheiro para pagar a mensalidade da faculdade de computação. Portanto, ele está bem insistente indo de entrevista e entrevista. Espero que alguém o empregue, afinal, ele pode ser bem dedicado quando quer.
- Tenho que ir. - Anúncio terminando o copo de leite e me levanto.
- Boa aula, querida. - Tia diz me dando um beijo na testa.
- Boa sorte, mané. - Digo para Max. - Volto mais tarde hoje, vou passar na casa do Miguel. - Aviso para a mulher mais velha.
- Seu namoradinho. - Max sussurra com um sorriso maroto nos lábios.
Me seguro para não pegar o saco com meu lanche e jogar nele, mas eu realmente não quero perder a comida deliciosa de tia Lucy.
- Somos só amigos, mas seus poucos neurônios não sabem diferenciar amizade de namoro. - É o que respondo e dou uma piscadela. Max não se afeta, mas não tenho tempo ganhar discussão.
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CALLER - cobra kai.
FanfictionKatherine Simmons não sabia como tinha se metido em tanta confusão em tão pouco tempo. Em um dia, ela tinha acabado de sofrer um acidente de carro e, em outro, estava amarrada a um mundo de conflitos e rivalidades antigas entre dojos de karatê. E a...