12 . TRUTHS

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TINHA chegado tarde demais

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TINHA chegado tarde demais. A reunião já tinha acabado e Miguel não respondia minhas mensagens, por isso resolvi ir à casa dele.

Ao chegar ao condomínio onde Miguel e Johnny moram, vejo, pela janela, o segundo com seu notebook. Vê-lo usando o objeto normalmente é estranho, pois tecnologia não é com ele. Me lembro do dia em que eu citei o Twitter e ele pensou que era o nome de um chocolate. Bato na porta da casa dele e em segundos ela é aberta.

- Oi, Sensei. - Comprimento, já entrando em sua casa sem permissão alguma.

- Tudo bem, garota?

- Tá no Facebook, hein? - Espio seu notebook. - Depois vou fazer uma conta no Twitter para você, certeza que você vai amar xingar desconhecidos por lá.

- Um site para xingar desconhecidos? Que coisas são essas que fazem na internet? - Ele pergunta confuso.

- Deixa para lá. - Digo rindo. - Como foi a reunião sobre o torneio? - Pergunto e o sorriso dele já responde tudo.

- Eles voltaram atrás, o torneio vai rolar!

- Sério? - Fico impressionada. - Isso é demais! - Batemos as mãos em comemoração. - Como você conseguiu fazer eles mudarem de ideia?

- Eu não fiz nada, isso foi trabalho do Diaz. - Ele diz se sentando e voltando a ficar de frente ao notebook na mesa.

- O que?

- Pois é, o garoto falou bonito e fez um discurso que funcionou. - Johnny diz e consigo sentir um leve orgulho em seu tom de voz.

- Uau. Bem, ele me avisou que salvaria o torneio. - Falo me sentando na cadeira ao outro lado da mesa. - Mas você vai deixar ele competir?

- Não - Responde imediato - não sei, ainda não me decidi, mas você, você sim vai competir, Simmons. - Ele dá batidinhas na mesa, empolgado.

A ideia do torneio acontecer agora que eu não vou embora me parece incrível, mas competir é outra história.

- Eu? Não sei, não, Sensei. - Balanço a cabeça em negação. - Mal comecei no karatê.

- Não importa, até o torneio você será uma campeã. - Ele parece tão convicto que forço um sorriso sem graça.

- Bem, eu vou indo, Sensei, - Falo e levanto da cadeira. - preciso ver o Miguel.

- Vai lá - Ele diz. - e descanse depois, pois seu treinamento vai dobrar, ouviu? - Faço menção de discordar, mas ele já me corta. - Isso foi uma ordem.

- Está bem, boa noite, Sensei.

Ouço Johnny balbuciar alguma coisa parecida com um tchau, concentrado demais no notebook. Aposto que deve estar falando com a tal da Ali. Saio de sua casa e vou direto para a da família Diaz, eles moram, literalmente, na frente do Lawrence. Antes que eu bata meu punho na porta, ela é aberta pela mulher de cabelos cacheados.

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