Trilha

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Hoje era o último dia do passeio escola. Clarkle e Thomas nós deixaram cientes de que acontecerá uma atividade valendo pontos extras, o que eu não vou perder pois estou abaixo da média em química.

Os grupos já tinham sido separados: Julia, Morgana, Vitor e eu, éramos do grupo C. Já Gustavo ficou com: Bernardo, Scarlett, Angel, no grupo A

- Clarke posso ir para outro grupo? - pergunto. Odeio a ideia de que a Scarlett será do grupo de Gustavo.

- Não - respondeu - agora prestem atenção os integrantes de cada grupo percorrerão trilhas diferentes. Em cada trilha, vocês terão que memorizar as perguntas durante o caminho, e respondê-las quando chegaram. Vence o grupo que chegar em menor tempo. 

- E o que iremos ganhar com isso? -Vitor. 

- Dois pontos para a disciplina que vocês tiverem com maior dificuldade- respondeu, Thomas. 

- E quem tiver com dificuldade em todas as disciplinas? - Dessa vez quem perguntou foi Bernardo. 

Todos riram.

-Aí estuda em dobro- disse Clarke.

- Por favor não de ideia para ela - encostei meu rosto no do Gustavo.

- Fazer o que se eu sou irresistível? - disse, sorrindo.

-Estou falando sério, ok? 

-Tão linda e tão ciumenta - me deu um selinho. 

-Ok, já está na hora - disse Clarke, pronta para ativar o cronometro. 

Havia cinco trilhas, pois só faltava a minha turma para essa atividade.

Me despedi do Gustavo, e seguir para o meu lado. Era uma floresta com árvores altas e esverdeadas. No caminho tivemos que ultrapassar algumas pedras, o que foi tranquilo, pois estava com meu tênis. 

"Tenha cuidado para não se perder"                                                                                                     Meu ciumento, 10:40                                                                                                                 " Eu terei, mas qualquer coisa meu namorado me salvar".                                          MERDA. Eu escrevi namorado?                                                                                                             "Não tenha dúvida disso, namorada".

Namorada. Gostei disse - sorri que nem boba. 

Coloquei o celular no bolso do meu short, e aproveitei para pegar uma garrafa de água.

Morgana ficou encarregada de responder as perguntas, enquanto que Vitor a ajudava a decorar e calcular.

- Isso cansa - resmungou, Julia.

- Não é justo pra quem tem uns quilinhos a mais- sorri.

- Mas você tem um corpo com curvas. E bem cuidado, por sinal.

- Depressa meninas - disse Vitor

- Relaxa amor - respondeu Julia.

- Estamos bem atrás de você - eu disse.

Paramos assim que nós deparamos com uma ponte de madeira. Todos já estavam do outro lado me esperando.  

Acontecer que:

Eu tenho medo de altura.

Eu sei é um pouco bizarro, mas é um fato. Assim que avistei o imenso abismo, recuei. Foi imediato.  

Decidi tentar mais uma vez.

- Eu irei te buscar - disse Vitor.

- Não precisa- respondi

Coloquei minhas mãos como apoio na corda, e aos poucos fui chegando lá.

Quando estava no fim dei um salto, aliviada por estar em terra.

- Temos que nos apressar - disse Morgana.

- Vamos andando - disse Vitor

Tirei a garrafa de água novamente da bolsa e matei minha sede. Eu precisava de economizar, pois só restava apenas a metade.

- Estamos perto - disse Julia, segurando o mapa. Peguei o celular do bolso para verificar o horário. Já era de se esperar que não haveria sinal em plena mata.

Acabei ficando um pouco para trás, mas nada que uma corridinha básica não os alcance. Quando me dei conta, eles haviam sumido.

Decidir correr mais uma vez, mas minha alegria o que me restou foram pegadas.

Não não não. Chuva agora não.

Me apressei em seguir as pegadas, antes que a chuva as leve de vez, mas foi ficando cada vez mais forte, e consequentemente nada restou. 

Olhei ao meu redor.

Eu estava sozinhas. Literalmente sozinha.

Meu corpo já estava encharcado, e eu não sabia o que fazer, e nem para onde ir.

 Escalei uma pedra gigante.

Eu nunca iria imaginar encontrar uma casa no meio de uma floresta. Eu não sei ainda se considero isso como sorte, ou como azar.

Não  demorou muito para chegar na casa, que por sinal era muito bonita.

Haviam letras douradas com um sobrenome familiar escrito: Di Calafiori. 

Não parecia bem uma casa comum, mas as luzes acesas indicavam que havia alguém ali.

 A água da chuva estava mais gelada do que o normal, á essa altura meu corpo estava todo arrepiado, e meu lábio roxo. 

Toquei a campainha novamente, e dessa vez o portão abriu automaticamente, o que me levou a imaginar que tinha alguém me observando. Que louco. 

Bati na porta da casa, mas esta, estava destrancada.

Para minha alegria o aquecedor estava ligado, e o ambiente estava quentinho. Me aproximei da lareira, e pus minhas mãos contra o fogo, esperando seu calor. 

Ouvi passos.

Quando vi uma silhueta alta na parede fiquei apavorada. Era um homem, e ele estava vindo em minha direção.

Meu Deus o que será que ele vai fazer comigo.

- Aaron?- perguntei, estáticas.

-Melanie? - perguntou tão surpreso quanto eu.

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Oiiiii volteiiii

Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora