My Spider Man - Peter Parker (Tom Holland)

16.

Mais um turno na cafeteria e eu só queria estar dormindo.  Sem muito o que fazer, vejo as mensagens que o Peter me enviou e simplesmente as ignoro. Penso o quanto estou envolvida com ele e o quanto certos acontecimentos tem me afetado, como por exemplo, a mensagem da Liz para ele.

Releio as mensagens do Peter novamente, aproveitando o fato de que a cafeteira está vazia e o Sr. Ramirez não está.

Peter: Oi.

Peter: Fiz algo de que você não gostou?

Peter: Queria te dizer que a nossa noite foi incrível.

Peter: Me desculpa por qualquer coisa.

Peter: Podemos conversar?

Peter: Ao menos me diz se você está bem...

Volto a minha atenção ao ambiente, notando que o sino na porta faz barulho indicando que alguém acaba de entrar.

- Olá. - Sorrio.

- Oi. Como vai, MJ? - É o Chris. Ele sorri se aproximando do balcão aonde estou.

- O que deseja? - Falo.

- Depende. Qualquer coisa que eu pedir, irá vir uma linda atendente acompanhando o pedido? - Ele morde os lábios levemente e eu sorrio envergonhada.

- Considerando o fato que sou apenas eu a atendente... - Olho para os lados. - Não, qualquer pedido a atendente não poderá acompanhar. - Coloco a ponta da caneta no queixo.

- Tudo bem então. Quero um café forte e sem açúcar. - Ele me fita.

- Tem alguém de ressaca aqui? - Falo enquanto me dirijo a máquina de café, preparando o pedido do Chris.

- Ressaca e sem dormir. - Ele fecha os olhos por alguns segundos.

- A festa foi tão boa assim? - Retiro o copo de café da máquina e o entrego para Chris.

- Foi ótima. - Ele pega o copo com café. - Obrigado. Falando em festa, o Brad vai dar uma festa hoje à noite, será em uma casa do lago que não fica muito longe daqui. Tá afim? Lembrando que não aceito não como resposta. - Ele sorri.

- Ah, não sei Chris...

- MJ, fala sério! Vamos! Por favor. - Ele faz um beicinho, pega a caneta em cima do balcão, um pedaço de papel e escreve algo. - Esse é o endereço, diz que sim! - Ele fala enquanto me entrega o papel.

- Tudo bem, tudo bem. Eu vou, mas não prometo ficar até o fim. - Pego o papel e sorrio.

- Ah, qual é?! Somos inimigos do fim. - Ele sorri e dá uma golada em seu café, fazendo uma careta logo depois.

- O que foi? Está ruim? - Olho preocupada.

- Não... eu queimei a língua. - Chris coloca a língua para fora da boca, a abanando e eu solto uma risada alta. - Acho que um beijo resolveria. - Ele sorri convencido.

- Acho que já deu a sua hora, Christopher! - Sorrio e reviro os olhos.

- Ok, ok. Já vou! Te vejo à noite. - Ele me lança uma piscadela e sai da cafeteira.

Penso o quanto essa festa poderia me distrair. Estar com pessoas normais e da minha idade, por mais que o ambiente festivo não seja o meu forte, pode ser legal.

[...]

- Pai, não se preocupe! Nós só vamos assistir filmes, pintar as unhas e nos maquiar. É isso que garotas fazem em noites do pijama. - Falo enquanto o meu pai me encara.