My Spider Man - Peter Parker (Tom Holland)

12.

Depois de alguns dias ao retornar à Nova York, a vida seguiu de forma mais pacata possível. Eu não via o Peter desde que os nossos olhares se cruzaram pela última vez no portão de desembarque do aeroporto. Até mesmo na escola, eu não o via e também não fazia questão de procurá-lo. Sempre repetia para mim mesma que é melhor assim.

- MJ, você me ouviu?

- Desculpa. Pode repetir? - Sr. Ramirez me tira dos meus pensamentos me fazendo perceber o quanto eu estava distraída esses dias.

- Eu pedi para que você levasse as caixas vazias lá para trás. - Ele diz enquanto conta o dinheiro do caixa.

- Certo. - Me dirijo à cozinha, retirando as caixas de mercadorias vazias e levando aos fundos. Levo as caixas empilhadas e devagar para que não caiam.

- Hey!

Me assusto e deixo todas as caixas caírem.

- Que droga! Você sempre vai chegar assim? - O Homem Aranha desce pela parede.

- Desculpa. - Ele ri. - Deixa que eu te ajudo com isso.

- Não precisa se incomodar. - Falo enquanto pego as caixas do chão.

- Não me incomoda. - E ele simplesmente junta todas as caixas com apenas um arremesso de teia.

- Valeu!

- Você está bem? Está diferente há alguns dias... - Ele fica de pé à minha frente, não muito próximo.

- Diferente? - Solto uma rápida risada sarcástica. - Você não sabe quase nada sobre mim. E eu não sei absolutamente nada sobre você. Não sei nem o seu nome.

- Precisamos mesmo saber? - Ele se aproxima de mim.

- É claro.

- Michelle Jones-Watson. Sei o seu nome completo.

- Eu não me lembro de ter falado o meu nome completo para você. - Arqueio a sobrancelha.

- Ahn, é... eu provavelmente devo ter lido em algum lugar no seu quarto. - Ele balbucia.

- E o seu?

- O meu o que? - Ele parece se fazer de desentendido.

- O seu nome.

- MJ, você sabe que eu não posso te falar.

- Por que não? - Indago irritada.

- Para te proteger.

- Me proteger do que? E de quem? Eu não preciso de proteção! - Aumento um pouco a voz.

- É para o seu bem, Michelle. - O tom de voz tranquilo dele me irrita mais do que ele me chamar de Michelle.

- Não me chama de Michelle! Você parece o meu pai. - Cruzo os braços.

- Não fica brava, vai. - Pelo seu tom de voz, imagino que ele deve estar querendo rir agora.

- Tanto faz. - Balanço os ombros igual uma criança pirracenta. Meu celular vibra no avental e eu o pego, vendo a notificação na tela.

Chris: Atenção! Isso não é uma mensagem de bom dia. Vou dar uma festa na minha casa hoje. Você vem? Diz que sim.

Solto uma leve risada com a mensagem do Chris.

MJ: Vou pensar...

Chris: Não tem essa. É sim ou sim.

MJ: Pelo visto, não vai adiantar a discussão. Estarei lá.

Chris: :)

- Celular 10 e Homem Aranha 0. - O Homem Aranha fala me fazendo tirar a atenção do celular.