Fim - Parte 1.

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Ter a MJ de volta era incrível. O que me atormentava naquele momento, era saber que ela não se lembrava de mim. Não se lembrava do que havíamos vivido e que as lembranças do nosso amor haviam sido jogadas ao vento.

- O senhor não pode fazer nada mesmo? - Questiono.

- Sinto muito, Peter. Mas como havia te dito, nunca presenciei ninguém usando esse feitiço, sendo assim, não conheço nenhuma forma de reverter. - O Doutor Strange diz.

Eu havia retornado ao Sanctum logo após perceber que a MJ não se lembrava de mim. Procurava uma forma de contrariar tudo aquilo e tê-la completamente de volta. O que eu não esperava era que eu pudesse me frustrar novamente.

- Droga! - Levo as mãos à cabeça.

- Ao menos a garota está de volta, não? - O Sr. Stark aparece segurando uma xícara.

- Sim. - Assinto e encaro o Sr. Stark. - Mas eu a perdi novamente...

- Peter, um velho sábio dizia que quando o amor é verdadeiro, o tempo não pode apagar. Dê tempo ao tempo. - Doutor Strange diz.

- Mas um feitiço pode. - Retruco e respiro fundo.

- E se... - Wong começa com um semblante pensativo.

- Wong! - O Doutor Strange o repreende.

- O que foi? - Olho confuso para eles.

- Wong, por favor diga! O garoto merece tentar qualquer coisa. - O Sr. Stark diz.

- Bom, o mesmo velho sábio que disse sobre o amor verdadeiro, acredita também que o amor cura tudo. - Wong diz. - Acredito que você possa visitá-ló. - Ele me lança um sorriso confortável.

- Seria ótimo! Aonde posso encontrá-lo? - Digo animado.

- Ele está no topo do monte Everest, vivendo sobre o frio intenso. - Wong diz.

- Posso abrir um portal que te leva diretamente para lá. - O Doutor Strange diz.

- Pode fazer isso agora? - Pergunto.

- É para já! - O Doutor Strange diz e com um movimento das mãos, abre um portal.

Me aproximo daquele círculo estranhamente misterioso, mas em nenhum momento penso em desistir. Eu iria até o fim do mundo pela MJ.

- Garoto, não vire um picolé, ok?! - O Sr. Stark diz me fazendo olhar para trás e eu balanço a cabeça em concordância.

Meu corpo passa pelo portal e eu consigo sentir a diferença na temperatura ao chegar do outro lado. Sinto o ar congelante passar pelas minhas orelhas e a nevasca intensa cair sobre os meus ombros.

Olho para trás e vejo que o portal se fechou. Coloco as minhas mãos nos bolsos da minha jaqueta, tentando amenizar um pouco do frio que sentia naquele momento. Observo em volta e tudo que vejo é neve. Neve e mais neve. Não há nada.

Dou passos firmes à procura de qualquer coisa. Me encolho dentro da minha jaqueta que certamente não é nem um pouco apropriada para o frio intenso daquele lugar.

Avisto de longe, uma cabana. Mantenho os meus passos firmes e os apresso em direção à cabana. Bato na porta e não obtenho nenhum retorno. Decido abrir a porta e entrar.

- Olá? - Digo ao adentrar à cabana. O frio que eu sentia some quando eu entro naquele lugar. Era aconchegante e por mais estranho que pareça, me despertava boas memórias.

- Olá, Peter Parker.

Procuro de onde vem a voz e vejo um homem sentado em uma cadeira de balanço. Pela sua aparência, eu diria que ele tem um pouco mais de 100 anos. A sua barba comprida e branca cai sobre o seu colo e o seu cabelo, também branco, é enorme. Ele usa uma roupa velha e não parece se importar com o frio.

My Spider Man - Peter Parker (Tom Holland)Onde histórias criam vida. Descubra agora