My Spider Man - Peter Parker (Tom Holland)

20.

MJ

Depois de algumas horas sem qualquer notícia do Peter, desço para procurá-lo. Será que o meu pai o matou e escondeu o corpo? Rio do meu próprio pensamento.

- Oi. - Me aproximo do meu pai que está sentado à mesa lendo o jornal. - Ouvi você conversando com alguém. Quem era? - Desconverso.

- O que? - Meu pai me olha. - Ahn... Era só o carteiro. - Ele volta à sua atenção ao jornal.

- Estranho. - Encaro ele.

- O que está estranho aqui é o seu pai ter que te dar alguma satisfação, Michelle! - Meu pai expressa um tom raivoso enquanto fecha o jornal e o coloca sobre a mesa.

- Desculpa, pai. - Abaixo a cabeça.

- Preciso sair para resolver algumas coisas. - Meu pai pega suas chaves e eu assinto. - Não me espere para o jantar. - Ele deposita um beijo em minha testa enquanto ainda estou encolhida pela sua grosseria e sai.

Subo rapidamente para o meu quarto e alcanço o meu celular. Escrevo uma mensagem para o Peter.

MJ: Me diz que você está vivo, por favor.

Encaro o celular por alguns segundos esperando um retorno do Peter que sempre responde minhas mensagens na velocidade da luz. Nada.

MJ: Assim que ver essa mensagem, me liga. Ou aparece no meu quarto.

Coloco o meu celular embaixo do travesseiro e encaro o lado vazio da cama, imaginando o Peter ali comigo. Fecho os meus olhos e sinto até mesmo o cheiro dele.

[...]

- Ei Ned! Você viu o Peter? - Falo enquanto me aproximo dele.

- O Peter? Ahn... - Ned fecha o seu armário e desvia o olhar.

- Não vai me falar mesmo? - Cruzo os braços.

- Desculpa, MJ. Eu não sei mesmo. - Ned comprime os lábios.

- Ele não responde as minhas mensagens. Deveria me preocupar?

- Provavelmente não. Deve estar resolvendo alguma coisa do... - Ele olha para os dois lados para ver se alguém está ouvindo. - Homem Aranha. - E conclui sua frase falando baixo.

- Será mesmo? - Fico pensativa.

- Não deve ser nada, não se preocupe. - Ned sorri fraco.

- Ok. Mas se você ver ele, fala que... - Balanço o celular em minha mão. - Para ao menos dar algum sinal de vida.

- Tudo bem. - Ned fala e eu aceno com a cabeça para ele, seguindo pelos corredores da escola.

Antes que eu pudesse seguir para a sala de aula, sinto o meu corpo sendo esbarrado.

- Peter? - Sinto um frio na barriga ao vê-lo ali na minha frente. Reparo em seu rosto que não parece ter tido uma boa noite de sono e seus olhos avermelhados. - Está tudo bem? - Pego em sua mão que se desprende da minha no mesmo instante.

- Podemos conversar? - Peter diz sem me olhar.

- Sim, claro. - Assinto com olhar de preocupação.

Peter sai sem dizer mais nenhuma palavra e o sigo até o telhado. Subimos até o mesmo, nos dando a visão de um céu nublado em uma tarde fria. Encaro o Peter que parece procurar palavras para dizer qualquer coisa.

- Você está me assustando. Pode me dizer o motivo de estarmos aqui? - Falo sentindo meu coração bater muito forte.

- Precisamos terminar. - Peter fala.