𝗲𝘅𝘁𝗿𝗮: 𝘪𝘵 𝘤𝘰𝘶𝘭𝘥𝘯'𝘵 𝘣𝘦 𝘮𝘰𝘳𝘦 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘪𝘣𝘭𝘦.

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𝗧𝗲𝗻𝗼𝗰𝗵𝘁𝗶𝘁𝗹𝗮𝗻
𝟭𝟱𝟮𝟭  𝗱. 𝗖.

A invasão dos europeus, naquela noite, começara depois do jantar, por volta de oito da noite. Naquela hora, a maioria dos aldeões estavam recolhidos em suas casas, com suas famílias, ou já estavam dormindo. Todas aquelas batalhas em que eles lutaram entre si, desde o dia em que os europeus atracaram naquele território, nenhum dos 11 integrantes da equipe podiam intervir em nada, mínimo que seja.

A noite estava bonita, iluminada pelo claro de várias estrelhas pontilhando o céu escuro sem nuvens. A maioria dos Eternos descansavam na grande residência que lhes foram proporcionadas, com excessão de Druig e Persephone. A líder do grupo, Ajak, se impôs ao fato de eles saírem pelas noites sendo que não havia ninguém nas ruas, mas ela foi convencida depois de um tempo de que eram grandinhos para se virarem sozinhos se fosse preciso.

Não, Persie não abriria mão de sair naquela noite e ir até a festinha de aniversário da coleguinha de Ameyal, e de levar Druig junto dela. Já que naquele mesmo dia mais cedo os dois haviam tido uma briguinha boba da qual eles sempre tinham e Ameyal reparou naquilo.
E não só reparou, ela ficou triste por conta disso, ela sempre ficava quando os dois brigavam.

Druig descia as escadas da residência de mãos dadas à Persie, que cantarolava alguma músiquinha que Ameyal havia a ensinado. Os dois seguiam o caminho até a casa onde era a festinha em um silêncio confortável para os dois, que trocavam sorrisos e se encaravam alternadamente. Isso até que Druig ouviu um ruído muito alto, instintivamente apertando a mão de Persie mais forte.

— Dru, o que é is... — o homem interrompe-a pondo a mão em frente a boca dela, afim de calá-la para não chamarem atenção. Além daquele barulho, uns homens andavam em sincronia com uma tocha cada um, passando do lado deles.

— Soldados... vai haver algum conflito. — ele murmurava desconexamente, parecendo mais para se convencer do que seus olhos viam do que explicar a ela. A mão dela apertou ele mais forte, indicando a tensão que a namorada sentia.

— Ameyal... — ela quase resmunga, arregalando os olhos em apenas pensar em tudo que poderia acontecer a menininha. — Vá até eles, eu vou procurá-la... ainda deve estar na festa.

Druig logo se dispôs a negar aquela ideia de qualquer jeito, seu coração parava só de imaginar tudo que poderia acontecer com as meninas dele andando sozinhas em meio a uma guerra. — De jeito nenhum! Persie, você sabe...

— Eu sei, eu sei que é perigoso. Mas eu também sei me cuidar, meu bem. Eu entendo que se preocupe comigo, querido, mas eu vou ficar bem. Vá até os outros e ajude eles enquanto eu busco Ameyal e levo ela para nossa casa, ela vai se sentir mais segura lá. — Persie rebate, percebendo que estavam ficando sem tempo e que os homem brancos circulando já aumentavam de quantidade. Druig, com muito rebater, aceita aquela proposta, deixando um beijo nos lábios dela antes de sair dali e adentrar na floresta à procura de Ajak e os outros.

A mulher segue o caminho da casa, se apressando cada vez mais quando via algum soldado ou uma tocha de fogo. Ao virar a esquina, se depara com uma cena. Fogo, muito fogo... uma fumaça preta subia no ar sinalizando a quem quisesse saber que havia um incêndio ali. A primeira reação de Persie é o choque, ficar parada no mesmo lugar em que estava, estática por momentos, levar as mãos até a boca em um inconsciente ato de conter um grito, mas ela estava assustanda demais para emitir qualquer barulho. Ao sair do choque, Persie adentra os escombros, sem se importar no quão perigoso isso seria, não a importava naquee momento, tudo que ela queria era saber que Ameyal havia fugido dali e que não acharia o corpo da garotinha chamuscado. Sua garotinha, sua Ameyal.

|| 𝐑𝐇𝐀𝐏𝐒𝐎𝐃𝐘                           𝑑𝑟𝑢𝑖𝑔 𝑓𝑎𝑛𝑓𝑖𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora