࿓ Dia do Harry

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Dia mais especial que hoje, era impossível

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Dia mais especial que hoje, era impossível. O dia em questão era o aniversário de Harry.

O cacheado, ao longo dos anos, foi parando de crer que todo e qualquer aniversário seu era de muita importância para se ser comemorado em grande estilo. Sorte que sua família pensava de modo contrário. Eles amavam festas.

Ainda eram as duas e quarenta da madrugada do dia 1 de fevereiro. Harry dormia como todo dia, muito confortável em sua cama grande de casal. Ele a dividia com Louis, mas neste atual momento, o tal estava muito ocupado, noutro cômodo da casa...

Louis havia chegado do hospital a pouco menos de meia hora. Usou boa parte deste tempo para tomar uma ducha e fazer sua higiene pessoal, e finalmente poder ir ver cada um de seus filhos.

Ele fazia todas as noites, não importava o quão tarde chegava em casa.

Não havia uma ordem de preferência. Mas na maioria das vezes, Louis lhes cumprimentava do mais velho, ao mais novo.

Desta vez, não seguindo essa preferência, Riley era a última a receber seu boa noite, hoje.

——— Posso entrar? — ele deu dois toques na ampla porta de madeira com uma camada de tinta na cor branca, antes de ouvir um "passe".

Riley estava sentada em meio a sua grande cama, rodeada de anotações e com o notebook sobre suas pernas cruzadas. Ela parecia de fato agoniada, ansiosa por sair da posição que lhe parecia cansativa a muito.

Louis tomou seu tempo para atravessar o quarto amplo. Ele notou que a lareira estava acessa. Era comum que a região ficasse fria nesta época do ano.

——— Tudo bem, filha? — ele a perguntou de mansinho, se sentando na borda da cama.

——— Na verdade, não. Mas tudo bem, porque eu já desisti de manter minha saúde mental faz um bom tempo — Riley resmungou, levando o olhar até onde estava seu pai.

——— O que está lendo?

——— Seu caso mais novo. A embolização cerebral da paciente Dickson — ela suspirou de modo pesado e desgastoso — você disse que quem soubesse o que era para ser feito neste caso, poderia te ajudar.

——— Eu disse isso — Louis acenou, com um meio sorriso. Ele sabia aonde Riley queria chegar — descobriu algo?

——— Não, papai. Não descobri, porque não há acesso algum onde poderíamos resolver a embolia, por cima — a garota resmungou, ao apontar para as imagens sobre sua cama.

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