Moranguinho

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O sol se mostrava mais intenso e os dois jovens ainda não haviam encontrado a casa do pirata. Jisung estava ficando preocupado por ver Felix descalço, pisando naquela areia quente. Quando perguntava se o loiro queria parar, ele rapidamente respondia que estava acostumado com a temperatura alta.

Não sabia até quando continuariam com aquela procura. Chegou a pensar que o garoto ao seu lado estava delirando, não apenas por dizer que estava procurando a casa de um pirata, mas também porque olhava curioso para qualquer um que passava por ele, o que fazia a pessoa retribuir seu olhar.

Estava definitivamente estranhando aquela situação.

- Felix, estamos andando faz um bom tempo – disse, enquanto tentava recuperar o fôlego a cada minuto. – Por que não sentamos em um banco e descansamos um pouco? Vamos acabar desidratados se continuarmos assim.

- Talvez eu esteja um pouco... – disse baixo. – Mas se minha intuição estiver correta, encontraremos a casa em instantes.

- Eu acho difícil – suspirou cansado, passando a mão pelos seus cabelos. – Já olhamos tantos lugares e não vimos nenhum sinal do...

- Olha! – o loiro praticamente gritou, assustando o Han que arregalou os olhos em sua direção.

Jisung viu para onde ele estava apontando e ficou boquiaberto ao avistar uma bandeira de pirata pregada à parede de uma casa um pouco mais afastada das outras. Nunca esteve por aqueles lados da praia, então foi uma surpresa para si encontrar um lugar assim. Era difícil acreditar que Felix estava dizendo a verdade.

- Não pode ser... – olhava com curiosidade para aquela casa. Ao lado da porta, havia uma placa de madeira, com uma escrita em tinta branca em que dizia: "Vende-se objetos raros". – Deve ser apenas o conceito que o dono criou para a loja. Não acho que seja realmente um pirata.

- Você não o conhece! – protestou o loiro, começando a puxar Jisung para andarem até o local. – Será que meu irmão já chegou? Espero que tenha conseguido sair.

O Han continuou acompanhando seus passos. Por mais desacreditado que estivesse, não queria que o outro fosse sozinho. Ainda pensava que ele poderia estar enganado.

Subiram uma escada até chegarem na porta da loja. Sem mais esperar, o loiro a abriu e, em seguida, ouviu o som de um sino anunciando a presença deles. O interior da loja era iluminado apenas com a luz do sol que entrava pelas janelas. As paredes eram de madeira, assim como os móveis. Tentou não achar estranho algumas miniaturas de caveiras em uma estante, mas então se lembrou que fazia parte da decoração do tal pirata. Haviam muitos livros, pedras coloridas, espelhos, globos de vidro, dentre outros objetos velhos.

Ao se aproximarem do balcão, esperaram que alguém aparecesse e não demorou até ouvirem uma porta sendo aberta do outro lado. Um rapaz alto e moreno surgiu segurando uma bandeja de velas, fazendo o possível para não deixar cair enquanto fechava a porta.

- Sejam bem-vindos à Loja do Pirata. Aqui vocês podem encontrar os mais diversos e raros objetos que foram trazidos de... – ele finalmente ergueu o olhar para os clientes e ficou surpreso. – Felix?

- Oi Chan! – o loiro respondeu, não contendo sua animação ao reencontrar o amigo. – Enfim, estou aqui.

- Quanto tempo! Ainda não acredito que escolheu vir para a praia. Pensei que estava cansado de ver o mar.

- Na verdade, era o Minho que não suportava mais. Ele dizia que deveria ter nascido um peixe para aguentar ver água todos os dias – riu junto ao mais velho, logo se lembrando que tinha um humano ao seu lado. – Olha, Chan. Eu fiz um novo amigo! Este aqui é o Jisung, ele me ajudou a te encontrar.

Starry Hideout - Minsung, JeonglixOnde histórias criam vida. Descubra agora