Starry Hideout - Minsung, Jeonglix

Louco e Fascinante

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Desde que o feiticeiro descobriu que podia criar várias figuras e aprendeu a controlá-las como queria, começou a usar seus poderes para acalmar sua mente. Não gostava muito de confessar isso, pois tal coisa parecia um tanto inútil, além de que pudesse causar pânico em um mundo com pessoas sem poderes.

Minho estava acostumado a se isolar e, por isso, não se importava em praticar uma magia que o trazia um pouco de tranquilidade. Não havia nada demais, não causava dor. Seus poderes tinham o costume de não durar muito e eram desfeitos com um toque. Era umas das poucas exceções que o Lee não ficava estressado com sua força.

Poderia ser uma magia inútil, mas era linda.

Ele pensou que seria um momento ideal para fazer aquilo acontecer. Uma preocupação excessiva de ter afastado a pessoa que gostava e não poder fazer muito para tê-la de volta o preencheu. Minho permaneceu em seu quarto, não querendo atrapalhar a noite que seu irmão tanto planejou. Quando viu Jisung ir para longe de si, imaginou que ficaria o restante da noite na companhia de seu gato. Como não tinha segredos com o felino, não viu problema em usar sua magia na frente dele outra vez.

Em certo momento, estava apenas observando seu gatinho brincar, os saltos dele faziam um pequeno baque quando caía perto de algum móvel. Só queria se distrair. Porém, por mais que tentasse não pensar muito, não conseguia ignorar o fato de ter feito Jisung se afastar pelo modo como o tratou e por mostrar a ele que não tinha limites. Sabia que ele não iria entender, ainda mais porque Minho foi frio em alguns momentos e não fez o bastante para ele continuar ao seu lado. O mais novo só queria vê-lo bem e acabou decepcionado.

Seu segredo parecia uma fumaça escura que o sufocava até encontrar uma forma de estar seguro, mas não completamente. Mesmo assim, continuava machucado e sozinho.

Após um suspiro insatisfeito, se deitou em sua cama e fez mais figuras flutuarem pelo quarto. Queria dormir e sonhar com um cenário onde poderia mostrar a Jisung que conseguia fazer coisas bonitas também e que não machucava ninguém. Pensava em como seria a reação do menor com todos aqueles peixes em sua volta.

- Minho! O que é isso?

A voz dele ecoando pelo quarto pareceu mais real do que imaginava. Ao se lembrar que não estava sonhando, Minho levantou e, para o seu desespero, viu Jisung ali, olhando espantado para ele, ou melhor, para suas mãos. Ele quis se amaldiçoar naquele momento.

- Jisung... Calma. Não precisa ter medo.

- Você... Está brilhando? – seus olhos acompanhavam cada movimento do maior, enquanto ele não conseguia se mexer. Aquilo estava completamente distante do que esperava.

Minho foi se aproximando devagar e, aproveitando que o mais novo não parecia agitado, fechou a porta e desfez toda aquela magia em seguida. Respirou fundo e começou a pensar em algo. Aquilo não poderia ter acontecido. A única saída que tinha em mente era muito perigosa e seria absolutamente contra o que realmente gostaria. Tudo o que menos queria era apagar a memória do Han.

- Eu não imaginei que você fosse voltar – tentava ficar calmo para não se desesperar ainda mais, ao mesmo tempo que procurava uma outra alternativa. – Estávamos apenas brincando e eu acabei fazendo algumas...

- Então, esse é o seu segredo? – Jisung notou que o castanho olhava para baixo e escondia as mãos atrás dele. Não ignorou as marcas no tronco dele. Aquilo ainda o deixava intrigado. – Você pode me falar agora.

- Lembra que você disse que coisas estranhas acontecem quando estamos juntos? Algumas vezes, faço algo de propósito para sair de uma situação, mas em outras eu simplesmente não consigo me controlar. Felizmente, você acabou de ver algo bonito, mas não é apenas isso que eu posso fazer.