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• A investigadora Aurora Wilfong •
Aurora era absolutamente curiosa, era por isso que ela ficou na corvinal afinal, porque o chapéu achou que uma criança com a mente investigadora deveria ficar na casa de Rowena Ravenclaw, ela não era gentil como um Lufa-Lufa ou Corajosa como um Grifinorio, nem mesmo Ambiciosa como um sonserina, ela era epenas uma garota cheia de dúvidas, que nem ao menos conseguia entender porque sou cor favorita havia sido Marrom, ninguém da sua idade escolheria a cor marrom como preferida, ela era feia para a maioria, considerada uma cor sem vida e sem beleza.
E falando em cores, Aurora sempre havia desprezado a cor amarela, talvez seja por isso que ela via os Lufa-Lufas com seus uniformes e sentia desgosto, não que ela não gostasse deles, ela simplesmente apenas não achava a cor atraente o suficiente.
Ela era nada menos do que uma criança curiosa e emotiva, a cada coisa que ela deixava seus olhos caírem, ela se via perdida em seus pensamentos, ela fazia tantas perguntas que as vezes poderia embaralhar a mente de seus pais, eles acabavam sempre sem resposta na maioria de suas dúvidas, porque afinal, não eram simples perguntas, eram questionamentos difíceis de responder, nem mesmo um bruxo sábio poderia dizer todas as respostas, mas Aurora só amava perguntas porque ela sabia que as respostas sempre lhe trariam mais conhecimento, então, ela fazia um questionamento após outro, até ter todas as respostas para sua mente inquieta.
O único momento de paz que Alice Wilfong poderia ter, era quando Aurora estivesse presa com seus olhos em um livro antigo, e isso durou até que Aurora chegasse a Hogwarts, a princípio, Aurora era boa em quase tudo, menos Aritmância, ela simplesmente não conseguia entender as aulas de sua professora, era difícil entender como números poderiam ajudá-la com suas habilidades mágicas, ver todos aqueles números deixavam sua mente bagunçada, ela queria estrangular quem teve a ideia de colocar aquela matéria como obrigatória no currículo de Hogwarts.
Quando Aurora foi arremessada no seu primeiro ano, seus colegas de casa e de outras casas começaram um jogo do silêncio com ela, a princípio foi o rumor de que ela era uma bastarda, e isso continuou até que ela ficou sem amigos, ela se sentiu profundamente deprimida em saber que ela nunca se encaixaria em algo,então ela sempre acabou fazendo seus trabalhos sozinha, ou qualquer atividade que houvesse em seu currículo.
Não se encaixar em Hogwarts talvez não fosse o maior problema que Aurora havia achado, mas ela poderia presumir que se sentia triste quando era lembrada que foi abandonada pelo seu próprio pai, seus colegas faziam questão de zombar sobre a ausência dele, já que a notícia da separação foi um tanto impactante para as famílias mágicas tradicionais.
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Perto do verão de 1939, Aryan recebeu uma carta de seus pais, a princípio ninguém notou aparentemente, mas Alice acabou descobrindo o destinatário e sua frustração somente havia lhe consumido então, dizer que seus sogros eram pessoas boas poderia ser uma drástica mentira, eles eram arrogantes e preconceituosos, e aparentemente Aryan foi por anos contra seus pais, Alice era uma nascida trouxa afinal, ninguém naquela família foi bom o suficiente com ela, até que ela ganhou Aurora, e aparentemente sua sogra ficou mais irritada do antes, seu sangue havia sido manchado, dentro da Mansão Golden, Aurora era considerada um verme contagioso, um sangue repugnante, uma mestiça, isso era terrível.
Então, sorrateiramente ela acabou lendo a carta direcionada a Aryan, seu marido, mas ela certamente preferia não ter feito isso, quando seus olhos chegaram nas linhas daquela carta, ela se derramou por decepção, não era tão fácil tentar entrar em uma família de linhagem pura e preconceituosa.
Aparentemente ele havia formado outra família com uma esposa escolhida por seus pais, era um absurdo, mas real infelizmente, tentando encontrar um meio de tomar uma atitude, ela encontrou Aurora olhando para ela com lágrimas também, ela odiava ver sua mãe chorar, ela choraria junto se esse fosse o caso, ela era pequena e nem ao menos sabia exatamente o motivo de sua mãe chorar, mas ela sabia que odiava vê-la assim, tão devastada.
No final do ano, eles já não estavam mais juntos, suas brigas se tornaram cotidianas, e Aurora se encontrou em um lar barulhento e irritante, quando ele saiu pelas portas da mansão, a garota não perdeu a visão de admirá-lo na janela embaçada, ele estava deixando-as para começar uma família com a outra mulher de sangue puro, Aurora se enrolou nos cobertores e afundou no peito de Alice, isso certamente demoraria pra passar.
" Ele está nos deixando? " ela perguntou.
" Você não precisa se sentir triste por ele estar partindo, você tem a mim, e eu sempre estarei aqui para você."
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Aparentemente sua linhagem era certamente encoberta por sua família, era quase vergonhoso contar a alguém sobre sua história, Aurora nem ao menos sabia sobre sua história, ela nunca se importou propositadamente, primeiro, ela não conseguia enxergar o motivo de se importar tanto com seu sangue, sua mãe já havia sofrido muito por bruxos cruéis e supremacistas de sangue, ela não queria deixá-la mais deprimida, segundo, ela aparentemente não sabia onde encontrar informações sobre sua família sem perguntar para sua própria mãe, ela preferiu nunca perguntar.
Mas se ela soubesse, poderia mudar completamente o rumo de sua própria trama, sua mãe era descendente de Blenkishop, o Rei Bárbaro, suas atrocidades eram conhecidas por toda Europa Ocidental, suas punições com seu povo poderiam ser consideradas muito severas e imprudentes, até mesmo impiedosas, A família Blenkishop também era cruel, seus próprios descendentes eram, menos Ava, filha do rei Blenkishop, ela tinha o coração tão puro que era quase denominada como uma bastarda na família, o seu povo estava tão cansado com suas punições que haviam até mesmo contratado saqueadores para resolver o problema do povo, aparentemente não deu certo, foi então que toda a comunidade se juntou para balançar rumores para os saqueadores aceitarem sua proposta de matar a família Blenkishop, o boato se tornou alarmante como uma tocha de fogo, rapidamente havia circulado e chegado aos ouvidos dos homens, a ousasse tomar ou beber o sangue real, iria adquirir vida eterna, sua alma iria ser congelada e você viveria para todo sempre.
Quando eles ouviram isso, não hesitaram a oportunidade de que poderiam obtê-la, e então começaram a executar a tarefa, na noite do assassinato, Ava já não estava mais presente no castelo, ela fugiu de casa com um bruxo, mas aparentemente o destino não foi tão piedoso para sua família, todos mortos, sua linhagem apenas dependeu dela, seu sangue havia sido apenas lembrado por ela, a família de olhos dourados havia sumido por séculos, e então somente muitos anos após, finalmente reapareceu.
Apenas os que pertenciam a essas íris tinham o direito de erguer o nome da família Blenkishop.
