• 28 • 𝒜 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝒯𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒

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Minha alma parecia ter sido sugada por dementadores famintos, havia a enorme ausência de sentimentos bons, só havia tristeza e sofrimento em dentro de mim agora, não havia nenhum vestígio da felicidade que houve em muitos tempos, as lembranças boas já não eram lembradas com felicidade, havia também saudade e medo, medo de nunca mais recuperar a parte de mim que havia perdido quando leu aquelas palavras no jornal, eu me sentia desmotivada para mínimas coisas como comer algo ou simplesmente trocar minhas vestes, minha cabeça doía, era uma dor insuportável que não passou por horas e até dias, nem mesmo a poção que o professor me concedeu chegou a me dar alívio, e então meus dias começaram a ser em cima daquela cama de lençóis escuros, Bernard me acolheu no calor de seus abraços, mas nada era tão quente quanto os braços de professor Riddle, ele me deixou sobre seu acolhimento constantemente, ele era atencioso e sabia me dizer as palavras exatas para minha mente descansar e meus olhos se fecharem, e só então me dei de conta de que havia se passado três dias desde a notícia dolorosa naquele pedaço de jornal, tive um recesso escolar que Hogwarts fornecia a todos alunos que passavam pelo luto, duas semanas no máximo, nos últimos três dias eu fiquei em um lugar desconhecido, era quente o suficiente e me deixava aconchegada com sua lareira acessa pela magia de da sala, após vários questionamentos sobre onde professor Riddle havia me fornecido abrigo, ele me revelou que estávamos na sala precisa.

Nesse período ele esteve em suas aulas em defesa contra as artes das Trevas, mas nunca deixou de me visitar todos os dias, mesmo quando fosse tarde o suficiente, ele ainda veria me ver e conversar comigo, eu realmente não conseguiria ficar nos dormitórios da corvinal suportando minhas companheiras de quarto e sua enorme arrogância sendo exibida, então aceitei o novo lar que ganhei de Riddle.

E então como meu novo costume diário acabei derramando lágrimas pelo travesseiro em baixo da minha cabeça, com as memórias invadindo minha mente, perturbada pelas cenas que um dia existiram, me aprofundando no silêncio entre as gotas de água decaindo em minhas bochechas acabei nem percebendo quando a porta da sala precisa havia abrido suas portas e recebido um novo visitante ao quarto, ele deveria estar me olhando a vários minutos porque eu nem havia percebido sua presença atrás de mim.

" Professor Riddle. " eu disse a ele sem sorrir dessa vez.

" Pensamentos ruins novamente? " perguntou.

" Acho que carregarei eles comigo para sempre a partir de agora. "

Não deixe seu passado frustrar seu futuro. Tom decorou para mim por dias.

" Trouxe algo que professor Slughorn disse que poderá aliviar suas dores de cabeça. "

" Eu agradeço por tudo oque está fazendo por mim ultimamente. "

Ele alcançou então um frasco dentro de sua própria bolsa, era roxo e borbulhante, tinha o cheiro de baunilha, e então ele levantou o frasco o suficiente para mim poder vê-lo, ele concedeu um sorriso açucarado de sempre ao me mostrá-lo em suas mãos que poderiam ser mais pálidas que a neve que havia lá fora, enxugando minhas lágrimas que sujavam minha pele pude contemplar Riddle me oferecendo o frasco lilás que cheirava a uma deliciosa essência, eu aceitei o frasco da poção com um aceno de minha cabeça, peguei o vidro borbulhante e levei aos meus lábios onde pude me deliciar da mais saborosa poção que tomei em Hogwarts.

• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora