• 27 • 𝑈𝑚 𝑇𝑟𝑎𝑔𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑛𝑑𝑜𝑛𝑜

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No sábado cheguei a Hogsmeade ainda quando o céu arrecei havia ganhado colorações claras, eu estava preocupada e desejei que tudo fosse um mau entendido, que nossa coruja tivesse confundido nossas correspondências apenas, mas quando cheguei na casa vazia escutei somente os sons dos meus passos e de Boot que me acompanhava ao meu lado, vasculhamos todos cômodos mas nunca possuímos a sorte de encontrar um mísero bilhete na casa, os vizinhos do vilarejo não a presenciaram na aldeia, a única mera coisa que achei vasculhando foi um o cartaz de uma praia em Bournemouth.

" ESTADIAS EM BOURNEMOUTH. ÚLTIMAS CABANAS VAZIAS. "

Foi o único vestígio que encontrei de seu desaparecimento repentino, então eu mandei uma carta para o Departamento de investigação, Rufo Scrimgeour me enviou uma resposta aos meus pedidos no dia seguinte, seu pergaminho era desleixado, sem um selo e a resposta era curta.

" Senhora Aurora W. Golden, lamento mas no momento meu esquadrão de Aurores estão ocupados com a busca dos últimos seguidores de Gellert Grindelwald, não podemos ajudar. "

- Rufo Scrimgeour

" Oque ele disse? " perguntou Bernard preocupado com meu olhar deprimido.

" Todos Aurores estão encarregados na busca pelos restantes seguidores de Grindelwald. "

" Não fique chateada, podemos procurá-la juntos. "

E então ele me puxou para o abraço mais confortante que eu poderia receber, e eu queria poder ter ficado para sempre naquele abraço que parecia um lar, foi o momento mais tranquilizante porque após esse instante tudo desabou, nos estávamos famintos e nossos corpos cansados, mas ainda assim, pegamos o trem que ligaria a Bournemouth, deveria ser tarde a essas horas porque o sol já estava se pondo na janela do compartimento, com Bernard escrevendo nas suas notas me peguei adormecendo com o barulho da pena cutucando o pergaminho, quando me dei de conta nem sabia mais aonde estava, só conseguia ouvir o barulho do trem e o chacoalhar dos trilhos, pela janela me admirei ao ver os morros, o oceano, e a grama cobrindo tudo, um misto de cores naquela pintura que chamavam de paisagem.

" Apenas uma hora e chegaremos. " alegou Boot entrando pela porta do compartimento e me deixando surpresa por vê-lo com uma bandeja de alimentos. " É pra você. " Ele confessou.

Eu sorri retribuindo seu gesto e me deixei consumir pelos alimentos trazidos por Bernard, ele parecia o único a me confortar e me cuidar, o café era colorido e me trouxe mais disposição naquela manhã, em uma hora apenas chegamos a estação de Bournemouth, era uma estação de trem trouxa, eles estavam por toda parte com suas malas em mãos e gritavam despedindo-se de sua família para partir a capital, alguns acenavam pelas janelas do compartimento e o cheiro do carvão era forte o suficiente para embrulhar meu estômago.

" Melhor procurarmos uma cabana. " Bernard me disse agarrando minha mala.

" Ficaremos para passar a noite? " eu perguntei a ele sem compreender, meu objetivo não era passar as férias.

" Não há trem pela madrugada Aurora, apenas quando o sol nasce. "

E então percorremos a um pequeno vilarejo perto do porto, haviam cabanas para turistas em frente ao oceano, era de tirar o fôlego a visão, mas não havia tempo para desfrutar da paisagem, quando chegamos na praia fomos diretamente ao dono do estabelecimento das cabanas, ele disse que tinha apenas uma perto do porto mas o barulho dos barcos quase sempre acordava os visitantes, não havia como negar era a única que nos acomodaria e então aceitamos, ele nos deu a chave e percorremos quase um quilômetro até a última cabana, a praia estava deserta a essas horas, haviam somente poucos pescadores na beira da água transparente.

• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora