• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆

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Aurora simplesmente não compreendia o porque ninguém parecia contar para ela oque estava acontecendo lá fora, ela conseguiu pegar murmúrios de alguns membros da mansão e uma pequena prévia do Profeta Diário, até que ele foi rudemente incendiado em cima da mesa quando Tom conseguiu pegá-la espiando oque havia nas letras do jornal, mesmo que fosse totalmente discreta sua atitude, ele ainda sabia que seus olhos insistiram em cair brevemente nas palavras que consistiam no Profeta.

Algo estava acontecendo, e ela tinha certeza sobre isso, mas infelizmente ela não conseguia saber oque estava havendo, mesmo se perguntasse até para o Senhor Rosier, ou tentasse bajular algum elfo doméstico para conseguir informações para ela, ninguém parecia estar disposto a cooperar, apesar de que o senhor Rosier estava disposto a garantir que ele impediria se algo fosse machucá-la, ele tinha a visão de que Aurora era a única menina que trazia a memória de sua falecida filha, e ele sentia uma dor insuportável ao lembrar dela.

Em seis meses presa naquele lugar, Aurora descobriu que ninguém realmente viria buscá-la, e se manter presa em um quarto não iria ajudar sua situação a melhorar, então ela tinha uma rotina, pela manhã ela geralmente gostava de treinar magia sem sua varinha, para uma futura fuga e também porque sua varinha estava longe de ser encontrada, então ela começou a tentar fazer magia sem precisar usá-la, ultimamente não estava funcionando muito, então geralmente no horário de suas refeições, ela tentava comê-las em seu quarto, oque não pareceu funcionar depois que Tom havia deixado uma ordem de que ela deveria se juntar em todas refeições ao lado dele porque segundo ele, agora eles eram casados, e deveriam ter esses momentos juntos.

Pela tarde, Aurora tinha duas coisas que tornavam seu dia um pouco menos frustrante, ela havia encontrado a grande biblioteca da mansão, e felizmente a família Malfoy tinha galeões o suficiente para ter uma enorme coleção de livros de todas espécies, isso alimentava seu conhecimento e deixava sua mente menos desgastante, e então quando o dia estava escurecendo e o sol estava dando um adeus, ela preferia passear entre o labirinto que havia enfeitado o jardim dos Bruxos ricos, ela jamais negaria que havia belos campos naquele lugar.

Foi exatamente isso que Aurora fez nos últimos meses, apesar das suas tentativas de se manter longe do seu marido, ela sentia que estava ficando frustrante as tentativas dele tentar se encontrar com ela, seu humor não havia mudado, sua fachada de professor havia caído, e ela se sentia angustiada por vê-lo constantemente, na verdade havia uma guerra na sua mente, e Aurora se culpou por acreditar em alguém que recentemente havia conhecido, ela se culpava mentalmente por ter acreditado na falsa personalidade do seu professor, ele era um ser humano contaminado pela arrogância e a soberba, e ela simplesmente se sentiu cega demais por ele, Aurora culpava principalmente sua inocência, ela não poderia sair por aí pensando que todos seriam pessoas boas, ele representava ser alguém perfeito, um homem com boas morais e tudo que alguém apontaria como uma característica boa, mas Tom era o diabo, ele matava pessoas e machucava quem quer que fosse para ele conseguir oque queria, Aurora ainda não sabia as outras centenas de coisas que ele poderia estar fazendo, e ela desejou mentalmente nunca saber, porque seu ódio estava no limite, e ela não sabia se conseguiria se conter de roubar uma faca ou qualquer coisa afiada da cozinha e enfiar no seu peito.

Por algum motivo, Aurora simplesmente tentava ignorar o fato de que passou noites sem conseguir dormir pelo fato de que alguém insistia em gritar aterrorizadamente na mansão, era uma pavorosa voz de socorro, mas ela sabia oque estava acontecendo, se Tom não havia hesitado em usar uma maldição imperdoável nela, ele não deixaria de colocar em outra pessoa, ele era ruim, e usar magia negra era pouco para alguém de seu nível, ele poderia cortar seu corpo em vários pedaços e ainda assim não haveria o sentimento de culpa ou ressentimento, ele era feliz fazendo isso, foi oque Aurora percebeu.