42 • O Verdadeiro Amor Lancinante

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Bernard não era um verdadeiro Herdeiro da família Boot, ele era um bastardo na verdade, e foi exatamente por esse motivo que ele foi pressionado a se casar com Aurora. A família do jovem não era tão apreciada pelos olhos dele, era uma típica família que prezava pelo sangue puro, com suas tradições que ele havia descrito como porcas.

Inicialmente, ele iria fugir de casa para não se casar com Aurora, e ele já estava na Ordem da Fênix, ele saberia a quem recorrer se tomasse essa decisão, ele tinha um lar com portas abertas se essa fosse sua decisão.

Até ele que conheceu Aurora verdadeiramente por apenas um engano, Aurora havia guardado uma bíblia consigo entre seus livros, e qualquer mago que tivesse contato com o mundo dos não mágicos saberia que aquilo seria uma difamação para alguém que viesse de uma nobre família de puristas de sangue.

Era óbvio que Aurora não tinha o sangue puro naquele tempo, mas infelizmente ela tinha que seguir todas as normas de sua família paterna, a nobre família Golden e sua antiga tradição.

Discretamente ele foi descobrindo a curiosidade de Aurora pelo mundo fora da magia, e isso foi o suficiente para ele saber que ela tinha esperança de não ser como sua família.

Entre suas descobertas, ele achou qualidades e defeitos que lhe deixaram absorvido pela fascinação, e ele poderia assumir que nunca amou tanto alguém quanto ele sentiu por ela.

Apesar da guerra que estava se desenrolando, Aurora conseguia deixar as coisas mais leves, transformando tudo menos duro, ela sabia contar histórias que faziam ele esquecer que havia uma guerra acontecendo a poucos quilômetros, e apesar dos feitiços de proteção que a ordem de Fênix havia colocado, eles ainda temiam por tudo.

Poucos meses depois de seu casamento, Aurora deixou seu sonho para trás, ela nunca poderia se tornar mãe no meio de um caos absoluto, ela desejava que em outro mundo pudesse realizar seus sonhos que nunca foram capazes de serem feitos, isso era uma promessa que ela faria.

Quatro meses depois do transtorno da guerra a poucos quilômetros, ela ainda se sentava ao lado do rádio escutando os nomes listados dos Bruxos que haviam desaparecido ou pior, assassinados.

Ela pedia a qualquer Deus ou entidade que não deixasse Alice Wilfong estar nos nomes listados dos assassinos de nascidos trouxas, isso era um verdadeiro horror.

Quando o caos próximo havia desaparecido, Bernard e Aurora pensaram que era o melhor momento para começar a procurar pelas pessoas que eles consideravam importantes, mas eles não sabiam que o rádio estava transmitindo notícias falsas para os bruxos pensarem que tudo finalmente havia acabado, era uma emboscada.

Dentre todos seus companheiros da Ordem da Fênix que estavam juntos durante meses e meses, nenhum havia recebido uma única notícia de fora, ninguém sabia oque realmente estava acontecendo, as coisas haviam saído de controle.

E essa era apenas a primeira guerra bruxa.

Vários bruxos simplesmente apareceram derrepente entre a floresta que a maioria se refugiavam, alguns usavam aparatação para locomover-se, e era simplesmente aterrorizante como todos usavam capas negras e capuzes pontudos, suas varinhas transbordando pela magia negra.

Alguns membros da ordem da Fênix simplesmente tentaram se defender da melhor maneira, mas era quase irrelevante quando se os bruxos das Trevas eram facilmente um grupo muito maior que os da ordem.

Aurora parecia cansada tentando desviar de todos feitiços que ela recebia, mas algo simplesmente havia desviado sua atenção quando percebeu que Andrômeda estava a beira da maldição da morte, ela não sabia exatamente o motivo, mas ela simplesmente sabia que sua fiel amiga faria o mesmo por ela.

O grito de Bernard foi simplesmente angustiante.

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Uma monarquia, Tom Riddle nunca pensou em governar dessa maneira, mas se essa fosse a forma dele governar o mundo mágico, ele não hesitaria de forma alguma fazer isso.

Trelawney estava cansada quando disse a última profecia para o Lord, de qualquer forma, ela nunca contaria realmente a verdade do futuro que aguardava o mago.

Acorrentada no porão da mansão, ela sabia que jamais conseguia ir embora daquele lugar, e ela realmente sabia que a essa altura a garota da profecia já estava mergulhando nos sonhos do Lord.

Apenas um passo para a ruína dele, ele jamais sucumbiria o poder novamente, ela pensou consigo mesmo diariamente.

Uma boa lembrança para se ter consigo mesma, ela desejava que a menina da profecia simplesmente fizesse oque ela tanto ardia em desejo, tirasse a vida de Lord Voldemort, porque querendo ou não, ele ainda era.

De qualquer maneira, Aurora ainda não sabia como processar as palavras da carta que recentemente havia recebido em sua correspondência, ela realmente achava que estava delirando nesse momento.

Viagens no tempo, ela não sabia em que momento seria verdade alguém poder viajar cerca de dez anos atrás.

Como uma verdadeira Corvinal, ela sabia que nunca poderia ficar parada enquanto sua mente estava faminta por conhecimento, ela desejava saber coisas que ainda nem haviam acontecido, ou melhor, que jamais aconteceriam.

Um baque alto deixou-a simplesmente atordoada, sua pena havia sido jogada na mesa e suas pernas tremiam involuntariamente quando ela encontrou seus olhos, eles não eram da cor do mar como antes, eram vermelhos e assustadores, ela sentiu um arrepio que fez seu corpo tremer.

Ele se aproximou com sua capa balançando no chão, sua pele estava perdendo a pouca cor que ainda havia, e então ela percebeu que algo nele havia se transformado em apenas uma semana.

" Porque você não me parece feliz?! " Ele apontou com sua voz séria, sem nenhum humor ou emoção alcançada. " Achei que estivesse fazendo você feliz. "

Aurora permaneceu silenciosa, ela não conseguia entender exatamente, mas ela estava com medo realmente de suas poucas palavras.

" Doente?! Você não me parece doente também! "  Ele passou. " Porque sua simples presença me causa tanta irritação? "

Ela engoliu em seco quando ouviu o barulho dos seus sapatos se aproximando, até que ele escolheu puxá-la pelo cotovelo em uma atitude inesperada e agressiva.

- Porque você simplesmente não me responde? - Riddle gritou quando percebeu que ela não havia respondido ele ainda. - Eu apenas espero que você se mantenha viva até que eu acabe com você completamente. "

• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora