• 10 • 𝒫𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑏𝑜𝑠 𝑣𝑜𝑐𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑖𝑑𝑜𝑢 𝑒𝑙𝑒?

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O sol que havia no céu se devastou permitindo-se a escuridão emergir acima do horizonte, o brilho das poucas estrelas que haviam no céu era lindo de se ver aos olhos de qualquer um, eu me permiti contemplar a escuridão do céu na varanda de minha casa, mamãe dava plena atenção ao visitante inesperado e por vários instantes passou-se na minha mente que meu professor estava paquerando com minha mãe, o pensamento fez meu estômago embrulhar, parecia-me perturbador, meu primo Edward ainda mantinha-se no andar acima e parecia estar aguardando o visitante se retirar mas pela forma que a conversa fluía parecia que tão cedo ele não iria embora de nossa casa, Ed não gostou do sotaque do professor ou seu jeito estúpido, eu poderia supor que ele não retornaria tão cedo para Hogsmeade.

- Aurora. Entre meu amor. - Chamou Alice com uma voz suave. - Vamos preparar o jantar, fiz um convite para seu professor ficar com nós essa noite.

Não hesitei de franzir o cenho após escutar sobre o convite dela para meu professor de DCAT, a forma como ela parecia encantada com os charmes dele me deu repugnância de presenciar, adentrei com passos devagares para dentro, meus olhos caíram sob ele que ainda estava nos assentos onde havia tomado chá mais cedo, suas pernas cruzadas e um ar de elegância em sua postura, percebi que seu olhar caiu sobre mim e ele me olhou de cima a baixo como se quisesse me analisar e seguidamente um sorriso amigável foi colocado nos seus lábios calculadamente, eu retribui o gesto e dei um sorriso pequeno e rápido que ele mau poderia ter percebido se não fosse um grande observador.

- Espero que não se importe Aurora, certamente sua mãe pode ser bem receptiva, ela me concedeu o convite para o jantar e... -

- Eu não me importo.- eu cortei sua fala.

Eu disse duvidosamente, minha desconfiança sobre o flerte deles estava nas alturas, dei mais uma olhada ao redor e me movi para a cozinha onde ajudaria mamãe no jantar, lá estava ela com toda a atenção nos preparos de sua comida, sua varinha balançando de um lado ao outro e sua voz cantarolando uma canção inaudível aos meus ouvidos, ela estava alegre e eu sabia bem o motivo, as panelas balançando em sintonia conforme seus movimentos e sendo colocas diante o fogo.

- Querida eu gostaria muito que fizesse sua torta de abóbora, acho que seu professor adoraria.

"Mamãe, ele é só um professor, não um maldito rei." Eu disse aparentemente irritada. " Porque diabos você convidou ele para ficar? "

" Ele parecia gentil. "

Seu sorriso estava nas alturas, mas com relutância balancei minha cabeça positivamente para a mulher mesmo que em minha mente houvesse uma grande decepção pelos sorrisos ingênuos que ela causava inconscientemente, comecei a pronunciar feitiços que fizeram os ingredientes aparecerem magicamente, e conjurei uma forma em formato oval para colocar a massa da torta e quando me dei de conta estava colocando a torta para assar no forno em poucos instantes, olhei ao redor e fixei meu olhar na mulher que cantarolava uma canção alegre, revirei meus olhos sem que ela pudesse perceber e suspirei pesadamente.

- Mamãe. - Chamei a atenção dela.

Ela me olhou com os seus olhos grandes e sua boca um pouco entreaberta, e esperou eu dizer algo antes de voltar a preparar suas comidas para o jantar.

- Estou indo para cima agora. -

- Nem pense nisso senhorita. Temos um convidado, e convidados são bem recebidos em nosso lar, vá fazer companhia ao seu professor e abra um sorriso nesse rosto, ele parece tão gentil.

Senti vontade de dizer para ela mesma fazer companhia a ele, visto que seu entusiasmo era visível com o nosso visitante, mas apenas acenei em concordância e me movi para a sala novamente sem conceder um protesto às suas palavras finais.

• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora