• 30 • 𝒰𝑚 𝑒𝑙𝑓𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑗𝑜𝑠𝑜

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( Se você for desconfortável com conteúdos de sangue e morte, não leia. )

Capítulo importante
( Aqui começamos uma nova fase na história )

Murmurar a maldição Cruciatus apenas me deu mais vigor pra prosseguir a tortura, eu pude cantarolar alegremente aos sons de suas súplicas, seus gritos foram sons felizes para mim, e em meses angustiados, eu encontrei minha paz finalmente ao som de sua aflição, ele se mexeu desesperadamente com o feitiço impregnado no seu corpo, nada poderia tirar o sorriso que havia inundado meu rosto, seus ossos deveriam estar ardendo em fogo, ele deveria estar pedindo para morrer, e eu não lhe daria esse prazer até então.

" Eu esperei desesperadamente por tê-lo assim. " Eu disse. " Orando pela morte. "

E então eu apenas retirei o feitiço para vê-lo suspirando pelo ar que seus pulmões clamavam, houve os sons dos trovões que ameaçavam os céus com uma tempestade sombria, as suas tonalidades haviam sido alteradas por tons obscuros, o céu estava negro como se tivesse previsto que o Lord das Trevas estava sucumbindo ao poder nessa noite, derrepente o jovem Boot se ergueu ainda fraco o suficiente para não conseguir suportar o seu próprio peso, ele tentou se levantar mas nada disso foi um sucesso válido, eu me abaixei na sua altura para lançar um sorriso que ele poderia caracterizar como perturbador, ele se encolheu com a proximidade e fez sinal de alcançar sua varinha caída do outro lado de seu corpo.

" Accio. " eu puxei sua varinha para minhas mãos. " Acho que você não precisará disso. "

Ele resmungou de dor ainda pela maldição que estava no seu corpo a alguns momentos atrás, mas desistiu da tentativa de roubar sua varinha, o céus estavam iluminando a nós dois com suas rajadas de trovões, os estrondos fizeram sintonia com seus gemidos dolorosos no chão.

" Qual o sentido da sua parceria com Dumbledore? " Houve um silêncio perturbador. " Irá ser enterrado com sua lealdade? " Ele acenou com a cabeça sem dizer absolutamente nenhuma palavra. " Sem problemas. "

Sem qualquer hesitação alcancei a adaga que guardava dentro de minha capa, dentro do meu ser uma euforia foi contaminada, como se aquilo fosse a base da minha felicidade, como se apenas o fato de alcançar a lâmina causasse uma satisfação, era uma necessidade ver o  sangue de alguém escorrer entre minha mãos, eu precisava sentir o punhal gélido transpassando sua pele, as saudades me cumprimentavam, mesmo que passasse apenas três dias desde o falecimento de um dos homens que tive o privilégio de assassiná-lo, tive três noites em agonia após, havia se tornado um vício saudoso, estava em estado de abstinência desde então, vê-lo tremendo me causou ainda mais uma alegria indecifrável, ele saberia que então sua vida está por apenas um fio.

Quando meu braço alcançou junto ao punhal a boca de seu estômago, eu cravei com uma força inimaginável, ele tossiu incontrolávelmente uma enorme quantidade de sangue, e eu senti minhas mãos encharcadas pelo líquido avermelhado, o cheiro metálico me deixou sorridente, poderia ser um cheiro nostálgico para mim, ainda me lembrava dos cadáveres do meu pai e avôs cobertos pelo sangue, eram boas lembranças para mim, talvez uma das mais felizes.

Não pude deixar de coletar uma amostra de seu sangue sendo derramado, eu queria que Aurora sempre possuísse uma parte consigo do sacrifício que cometi por ela para sempre, eu faria a ela com todo carinho que pudesse, com um frasco pequeno acabei coletando os fragmentos líquidos, ele suspirou pesadamente, perdendo sua vida aos poucos, uma sensação que eu jamais iria usufruir, e jamais gostaria.

• 𝑻𝒐𝒎 𝑴𝒂𝒓𝒗𝒐𝒍𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora