Capítulo Vinte e Sete: Aos 08 meses

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Pov. Anastasia Grey

Após a consulta, passamos numa sorveteria e resolvi pedir uma pequena taça de sorvete de chocolate com calda de caramelo. Comi com tanta vontade, por estar com desejo do sorvete há um tempo, que meu marido sorria ao me ver feliz como uma criança.

- Estava com tanta vontade assim, baby? – pergunta ele e rapidamente assinto sorrindo.

Ele ri e continua tomando seu sorvete com pequenas colheradas. Christian não é muito fã de sorvete, só pediu um copinho pequeno para me acompanhar.

Terminei meu sorvete depois de uns minutos e suspirei. Coloquei as mãos na minha barriga, sentindo Noah chutar devagarzinho.

- Parece que um certo príncipe também adorou o sorvete – digo e Christian me olha – Sinta isso – digo e pego sua mão, colocando bem aonde nosso filho chutou. Noah chuta novamente, mas dessa vez sentimos um pezinho.

- Nossa, isso foi surpreendente – diz Christian – Senti o pezinho dele. Calma ai, filho – pede meu marido em tom de brincadeira, tirando-me um riso.

- Vamos indo, baby? – peço fazendo biquinho e ele assente, me dando um selinho.

- Vamos, minha esposa linda e grávida – diz ele e sorrio toda boba.

Ele passa no caixa e paga nosso sorvete. Percebo que a atendente tenta disfarçar o olhar de admiração pela beleza surreal de Christian. Eu não fico com ciúmes extremo e nem a repreendo, pois ainda admiro o corpo estrutural do meu marido me perdendo nessa beleza grega.

O celular de Christian toca.

- Baby, vou atender rapidinho e já vamos – diz ele e assinto sorrindo. Ele vai para um canto atender a ligação e olho para a atendente.

- Fique tranquila, moça. Não sou ciumenta – digo e ela arregala os olhos surpresa. Suas bochechas ficam vermelhas.

- Perdoe-me, senhora. Não quis que entendesse mal – diz ela quase chorando. Fico compadecida e sorrio, passando um alívio a ela.

- Não entendi mal, não. Sei que meu marido é um gostosão convicto – digo e ela ri, tapando a boca – Eu vi que você soube respeitar a mim.

- Obrigada, senhora – agradece ela e olha pra minha barriga – Pra quando é o seu bebê?

- Pra daqui 1 mês – respondo e ela se admira com meu barrigão – Tem filhos?

- Tenho uma menina. Ela é bebê também, tem seus 5 meses – diz ela sorrindo – Crio ela sozinha. Meu noivo foi embora quando eu contei-lhe da gravidez.

- Sinto muito por isso. Mas ele vai se arrepender, tenha certeza disso – digo e ela assente concordando.

- Vamos, baby? – pergunta Christian e assinto.

- Obrigada, querida. Bom trabalho e uma ótima semana – digo.

- Obrigada, pra senhora também – retribui.

Christian me abraça de lado e saímos da sorveteria.

- Papo animado com a atendente, hein? – diz ele em tom de brincadeira.

- Bastante, maridão gostoso convicto – respondo com o elogio.

- Sou tudo isso é? – pergunta ele franzindo o cenho.

- Pelo menos é o que eu e a atendente achamos – digo e pisco, sorrindo diabólica.

Ele me abraça, tomando cuidado com a enorme barriga e me beija. Daquele jeito que amo.

- Senhora Grey, senhora Grey. O que faço com você? – pergunta todo sexy.

- Você sabe, senhor Grey – respondo no mesmo tom e logo entramos no carro.

Acho que o resto do dia será surpreendente pelo jeito.


Dias depois...

Marie está toda entretida com suas bonecas e outros brinquedos espalhados a sua volta. Enquanto isso, analiso o terceiro livro do Boyce em meu tablet para dar uma resposta concreta a ele sobre o contrato de lançamento e Christian está na cozinha preparando a mamadeira da nossa filha.

- Mamã – escuto uma vozinha suave e logo levanto o olhar do meu tablet. Olho para aquela menininha que me encantara desde o dia que a vi pela primeira vez.

- O que você disse, filha? – pergunto emocionada. Ela se põe em pé, apoiando as mãozinhas na cabeceira do sofá.

- O que foi, baby? – pergunta meu marido ao trazer a mamadeira pronta da nossa filha.

- Marie, baby. Ela me chamou de "mamã" – digo.

- Mamã – ela diz novamente e ri, me abraçando. Sinto seu cheirinho adocicado, beijo sua têmpora.

- Oh filha. Sou sua mamãe sim – digo e ela acaricia meu rosto. Depois olha para Christian, apontando o pequenino dedo em direção a mamadeira.

- Papá. Dedeu – diz ela e Christian sentado do nosso lado – Eeeeh – ela bate palminha e se joga no colo dele.

- Sou seu papai, princesa – diz ele e beija seu rostinho – Vem tomar o seu "dedeu" – ele a ajeita no seu colo para dar a mamadeira.

- Papá, da dedeu – diz ela e aponta pra mamadeira. Ele que está dando a mamadeira dela, pois recentemente completei 08 meses de gestação e com o tamanho da minha barriga não sobra espaço pra Marie ficar no meu colo.

Deito a cabeça no ombro dele e o vejo dar o leite a ela. Acaricio os cabelinhos fininhos da nossa filha, que está toda gulosa sugando a mamadeira.

- Me sinto completa, sabia? – digo e Christian olha de canto pra mim – Marie me chamou de "mamã" e você de "papá". É a melhor coisa que poderia acontecer hoje.

- Ouvir isso é maravilhoso. É o melhor segundo nome que pude receber – diz ele e o olhos surpresa – O primeiro é "marido".

Roubo-lhe um selinho e ele retribui.

- Te amo, senhor Grey – digo e ele encosta nossas testas.

- Te amo, senhora Grey – retribui ele.

Acaricio minha barriga e ficamos observando nossa pequenina tomar sua mamadeira.

Minha família, meu bem maior e conquista mais vitoriosa que pude ter na vida. 

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora