Capítulo Quinze: Pensando em adotar

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Pov. Anastasia Grey

Roach e eu conversamos muito sobre a filial, que no início do próximo mês já estará sendo inaugurada e com novos profissionais competentes para assumir o controle da empresa. Claro, que como dona da editora, terei que aparecer algumas vezes por aqui e até pensei na compra de um apartamento. Se é que meu.... Christian não tenha feito isso nas vezes que viemos juntos para cá.

Após o café, fiquei alguns minutos ali vagando em pensamentos e me armando planos. Incluindo uma possível adoção daquela bebê tão linda e inocente, vendo-a por alguns minutos aqui na cafeteria e a avó tão doente necessitando de cuidados extremos.

Será que nessa tempestade que está meu casamento, poderia estar adotando essa linda bebê?

Meu celular apita em uma mensagem e ao ligar a tela, meu coração quase arrebenta no peito pela única batida forte. Era uma mensagem de Christian.

"Lembrei de nós dois naquela noite que fez meu prato favorito.

Volta pra mim, Ana.

C. Grey"

Sinto meus olhos arderem pelas lágrimas e me passou um filme rápido na minha cabeça. Minha primeira vez com ele, o primeiro toque em sua pele e de todas as primeiras vezes com ele foram magníficos. E me sinto mais privilegiada por ter sido eu a ser escolhida para esposa, talvez... mãe de seus filhos e a mulher que salvou sua alma da escuridão.

Porém, semanas atrás tudo parou e o nosso perfeito mundo foi caindo na escuridão novamente. Ruímos para uma tempestade, que logo daremos fim a ela.

"Talvez agora não seja a hora.

A. Grey"

Sei que estou sendo egoísta demais não responder sua declaração, mas meus sentimentos e todo o peso da tristeza tem tomado conta do meu coração. Christian perdeu as forças para me levantar daquele enorme tombo que levei.

A porta da cafeteria se abriu e vi Ayala com a minha mãe entrar ali, de braços dados e sorrindo. Observando que as duas estão se dando melhor do que antes, quando Bob e Carla se casaram.

- Oi Ana – diz Ayala e me levantei para abraça-la.

- Oi meu bem – diz minha mãe, me dando um beijo na bochecha – Como está?

- Bem. Christian mandou mensagem há alguns minutos – digo e elas me olham. Sentamos a mesa e minha mãe segura a minha mão – Ele disse que lembrou de nós em um daqueles momentos e me quer de volta.

- Eu sei que tudo vai melhorar, meu bem. Vocês precisam desse tempo – diz minha mãe e sorrio para ela.

Peço nosso brunch e ficamos conversando tudo sobre a nova filial da editora que vai inaugurar aqui na Geórgia, da festa que vou organizar para poucos convidados e se Christian deverá vim também, pelo apoio que me deu quando ainda era uma simples assistente do ex editor safado.

Ayala se mostrou bastante animada e até perguntou se poderia me ajudar. Claro que permiti e darei a ela uma cargo como assistente aqui na filial.

- Preciso de um conselho de vocês – digo e elas me olham – Eu tive uma conversa com a esposa do dono da cafeteria antes da minha reunião do Roach, e há uma senhora que não está muito bem de saúde e a neta dela perdeu os pais de forma bruta.

- E no que podemos ajudar, Ana? – pergunta Ayala.

- Marie, a neta dessa senhora, só tem a avó e se vier a falecer ficará em um orfanato – digo e engulo engasgado – Pensei muito nisso e me encantei com a possibilidade de adotar essa bebê. O que vocês acham?

Minha mãe sorria emocionada e Ayala tinha um brilho nos olhos. Talvez por saber que será "tia" dessa bebê.

- Filha, meu amor, isso é maravilhoso – diz minha mãe – Você nasceu com a flor da maternidade e tenho certeza que Marie terá orgulho se for adotada por você. Será uma excelente mãe.

A palavra "mãe" pareceu tão certo nesse mesmo segundo e sinto que, toda essa tempestade, enfim trouxe algo tão maravilhoso para minha vida.

O que Christian acharia de ser pai adotivo de uma bebê? Será que aceitaria bem?

Precisava conversar com a nossa advogada sobre esse quesito. Claro, que primeiro precisava conversar e conhecer a senhora Margareth, para ver se ela consentia em uma adoção. Ela merecia ver a neta feliz e, irei leva-la para uma consulta médica e exames para saber como anda sua saúde.

Passo uma mensagem para a Dra. Ashley, minha advogada e de Christian, marcando um horário em seu escritório aqui na Geórgia.

- Você primeiro vai precisar conversar com a avó da Marie e uma assistente social deve acompanhar esse caso. Conheço uma moça que é ótima nesse aspecto – diz minha mãe e me animo.

- O que acha de nós três irmos conhecer a avó de Marie? Aí depois ligaremos para a assistente social – dou a ideia e elas sorriem.

- Aceitamos – dizemjuntas e rio. 

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora