Depois da Tempestade

Capítulo Dezessete: Detalhes finais da obra/Última visita a Maggie

Pov. Anastasia Grey

Minha mãe, eu e Ayala decidimos ir todas juntas passar um dia de mulheres. Bob havia ido trabalhar em outra cidade e só voltaria dali 3 dias, mas me ajudou muito no processo inicial de adoção da pequena Marie e entrou em contato com a assistente social e logo falei com a minha advogada. Ela chegaria aqui depois do almoço.

Chegamos até a filial de Grey Publishing aqui na Geórgia e elas ficaram admiradas com a fachada que escolhi para a segunda unidade da editora mais bem sucedida de Seattle. Explorei cores alegres e um tom chamativo. Aqui só tinha uma editora pequena e não muito conhecida, que acabou por fechar as portas devido ao número de vendas que diminuiu e a falta de verba para uma obra maior.

Antes de Christian e eu darmos um tempo, ele veio aqui comigo e vi essa editora com a placa de venda e imaginei abrir uma segunda unidade para o pessoal da Geórgia. Muitos amantes de leitura merecem algo especial e então ele comprou a antiga editora e logo começaram as reformas necessárias. E fiquei muito feliz com o andamento de tudo, o amor pela minha profissão e poder influenciar uma carreira maravilhosa. Tudo isso foi possível graças ao apoio do homem que amo e ele sempre acreditou em mim. Ah Christian! Como eu te amo!

- Ana? – chamou Ayala me tirando dos devaneios e rapidamente sequei as lágrimas – Tudo bem?

- Sim. Eu... só estava pensando quando comecei essa obra e ela já está no final – disse e elas sorriram.

- Você sempre foi independente, filha. Soube o que era melhor para você desde quando entrou na fase adolescente – disse minha mãe emocionada – Se tornou uma mulher honrada, decidida, linda e uma grande profissional. E ainda mais tendo... um homem maravilhoso que acreditou em você e te apoiou.

- Verdade, mamãe – respondo e respiro fundo – Christian acreditou em mim e graças a ele pude entender o que é realizar sonhos. Encontrei a mulher que adormecia dentro de mim, enfrentei a falta de coragem e o medo. Fui capaz de fazer ele despertar o coração grande que ele tem e o amor que deixou navegar pelas sombras das dúvidas, do medo e da falta de credibilidade. Christian é e sempre será o que de melhor aconteceu em toda minha vida.

Notei que chorava abraçada a Ayala e minha mãe. Mas sorria porque sabia que não perdi o amor que sinto por Christian.

Entramos na editora e fui mostrando cada parte já sendo ajeitada, tudo estava em ordem e pronto para inaugurar. Faltava somente colocar mesas no lugar e terminar de pintar a sala de reuniões.

- E aqui está o escritório de Ana Grey – disse com uma alegria prazerosa e elas arregalaram os olhos pelo tamanho da sala.

- Uau! Isso é.... pavorosamente enorme – disse Ayala e rimos – Quando poderei vim xeretar os livros novos aqui?

- Lila – ralhou minha mãe com o apelido fofo que demos a ela e a mesma riu.

- Estou brincando, Ana – disse ela e sorri.

- Na verdade, você não vai poder vim aqui – disse e ela se assustou – Irá trabalhar aqui e ficar de olho por mim.

Ayala olhou para minha mãe e as duas comemoram aos gritinhos de alegria. Ria da cena com a mão na cintura!

Meu celular tocou e logo peguei ele, vendo que era o número de Dafne.

- Oi Dafne – disse simpática.

- Ana, como vai? – perguntou ela com um tom preocupado.

- Bem e você? Tudo bem? – perguntei de volta.

- Mais ou menos. É... – respirou fundo e continuou – Ana, Maggie novamente passou muito mal e dessa vez não digo se ela sobreviverá. Acabei de assinar a internação dela e Marie está na minha casa com uma babá junto com o meu filho pequeno. Poderia vim vê-la o mais rápido possível?