Capítulo Vinte e Cinco: Mais um susto

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Pov. Anastasia Grey

Grace está aqui comigo no Escala, me fazendo companhia e também sendo minha médica nesse momento. Quando finalmente consegui engravidar pela terceira vez, Dra. Greene explicou que minha gravidez é delicada e eu tinha que fazer o máximo de repouso possível. Graças a Deus eu consegui segurar essa gravidez, chegando aos 7 meses completos.

Christian vai acabar tendo um infarto de tão nervoso e preocupado que está nesses meses.

Hoje eu acordei bem, mas depois do almoço comecei a ficar tonta e dores de cabeça.

- Respire, querida – disse Grace segurando minha mão – Vai ficar tudo bem.

Assenti e minha mãe entra no quarto, com lágrimas nos olhos e me abraça. Havia chegado em Seattle fazia uns 3 dias, de tanto que teimou e ficou preocupada com a minha gestação de risco.

- Filha, vim assim que Grace me ligou – disse ela beijando minha testa – O que houve?

Deito minha cabeça em seu ombro quando ela senta ao meu lado, Grace permanece segurando minha mão e acaricia minhas costas.

- A pressão dela está alta – disse Grace – Gail me ligou assim que ela se sentiu mal.

- Quase perdi meu bebê outra vez, mãe – digo com a voz mole e acariciando minha barriga com a mão livre. Respiro, relaxo e mantenho a calma.

Meu bebê precisa de uma mãe calma e relaxada, pois tinha medo do que poderia acontecer conosco durante o parto e Grace me ajudava a manter o equilíbrio. Conseguiu me dar licença do trabalho, medicamentos para não afetar o bebê, Christian pedia que ela ficasse comigo. Até tirou férias do hospital.

Minha mãe colocou a mão na minha barriga e faz uma oração baixinho pedindo proteção a nós dois.

- Mamãe – chama Christian assim que entra no quarto.

Grace se levanta e abraça o filho, beijando sua bochecha.

- Como ela está? – pergunta ele olhando pra mim.

- A pressão dela está alta, mas consegui acalmá-la – respondeu Grace – O bebê está mexendo e passa bem. Mas continue deixando ela repousar e alimentação leve.

- Obrigado, mamãe – agradece ele e recebe um carinho da mãe – Eu amo você.

- Oh meu querido, eu também te amo – retribui ela e beija a testa do filho – Vou almoçar com seu pai, mas volto antes do jantar. Cuide dela.

- Pode deixar, mamãe – disse ele sorrindo de lado.

- Grace, obrigada por tudo – agradeci e ela veio me dar um beijo na bochecha. E vai embora.

Christian me olha com aqueles olhos tristes e preocupado, sorrio pra ele passando calma.

- Vou deixar vocês a sós – disse minha mãe se levantando. Ela me dá um beijo na testa e outro na bochecha de Christian, saindo do quarto.

Fica só eu e Christian ali. Ele vem e senta ao meu lado, pegando minha mão para depositar um beijo singelo.

- Como se sente, baby? – pergunta ele.

- Um pouco fraca, mas está passando – respondi e ele me beija nos lábios – Sua mãe me deu Metildopa. Não afeta o bebê e permite que eu melhore.

- Fiquei preocupado quando minha mãe me ligou – disse ele – Terminei a reunião e vim pra cá.

Sorri por esse ato de amor tão maravilhoso do meu marido. Fiz a melhor coisa em reatar o casamento e retomar todo aquele sentimento que aos poucos conseguimos formar um pelo outro. Não haveria homem melhor com quem pudesse me casar e ter filhos.

Perdi duas gestações, mas fui privilegiada por uma terceira chance de dar um filho ao meu marido e de ter adotado Marie.

- Eu sou forte, amor – digo e acaricio seu rosto – Aguentarei mais um mês se for necessário. Ele nascerá bem e perfeito.

- Sei que sim – disse ele – Estarei com você cada momento. Esse bebê é a prova de uma luta e do amor que temos um pelo outro – ele acaricia minha barriga, sentindo nosso bebê chutar devagar.

- Sou a mulher mais feliz do mundo só de ter você como marido e filhos lindos – digo emocionado e Christian sorri, me beijando.

- Nossos filhos: Marie e Noah – disse ele e assenti, colando nossas testas – Sempre acreditei que iria me dar filhos. E olha só, deu dois, sendo uma o nosso presente da vida. Somos o milagre raro, senhora Grey.

Rio de sua brincadeira e ele me acompanha, abraçando meu corpo enorme pela gravidez.

- Senhor Grey, não imaginava que era tão piadista – digo parecendo zombeteira.

- Está zombando de mim, senhora Grey? – pergunta ele parecendo ofendido e ergo as mãos em rendição.

- Longe disso, senhor Grey – digo e ele ri, distribuindo beijos por meu rosto e desce até a minha barriga.

Deposita beijos pela meu ventre redondo e deita a cabeça nela. Faço um cafuné gostoso em seus cabelos, enrolando uma mecha entre meus dedos.

- Eu amo vocês – declara ele e permito que lágrimas escorrem.

- Nós te amamos muito mais – retribuo e ele ergue a cabeça, limpando minhas lágrimas e me beija. 

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora