Capítulo Trinta: Bem vindo Noah/ Complicações graves

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Pov. Anastasia Steele

Era hora de conhecer meu bebê, meu pequeno Noah. Uma mistura de emoções invadia meu peito: medo, felicidade, angústia e ansiedade. Tudo me fazia pensar. Christian e eu lutamos tanto pra chegar até aqui, pra segurar essa gestação depois de sofrer duas perdas.

- Baby, fala comigo – Christian acariciava meus cabelos e Grace conversava com a Dra Greene, minha médica.

- É difícil saber se estou feliz ou angustiada, baby. Foi tão difícil chegar até aqui, essa gestação foi tão esperada e ao mesmo tempo arriscada – desabafo com meu marido.

- E você está indo bem, baby. Se tem uma coisa que estou controlando é meu pânico, porque prometi que melhoraria meu jeito bruto e protetor ao extremo de ser. Confesso que está sendo uma tarefa difícil – diz ele e rimos, mas aí vem uma nova contração – Hey, calma.

Respiro fundo e continuamos ali, abraçados e grudados na cama. Assim que chegamos, a recepcionista junto a enfermeira nos trouxe até o quarto, todo arrumado pro dia do parto e eu me sentia no mais puro conforto com as cores verde clarinho e os enfeites infantis.

- Christian, Ana. A doutora Greene gostaria de conversar com vocês – diz Grace.

- Então, papais, a doutora Grey me disse que aferiu sua pressão, Ana, quando começou a ter dores e ouviu os batimentos. Certo? – pergunta ela e confirmo – Acontece que sua pressão estava um pouco alta, Ana, e os batimentos acelerados. Por isso te colocamos no soro e estamos monitorando o bebê, o parto se adiantou e iremos recorrer a uma cesárea. Não é recomendado o parto natural no seu caso.

- Certo, Dra. Greene – respondo a ela, um pouco decepcionada por não poder ter um parto normal. Mas era a vida do meu bebê e a minha que corria riscos, então faria o que fosse por nós dois.

- Doutora Greene, Ana ainda correrá riscos durante a cesárea? – pergunta meu marido. Era visível sua preocupação.

- Christian, não seria ético esconder de vocês, mas existem riscos sim. Ana teve pressão alta durante a gestação e quase perdeu o bebê. Então irei preparar... – antes que a minha médica pudesse terminar a frase, o monitor apita e volto a sentir dores.

- Christian... – berro e eles me olham assustados. Em seguida sou tomada por uma forte tontura, ânsia de vômito e sinto algo grosso escorrer em minhas coxas. Ergo devagar o lençol e vejo sangue – Eu estou sangrando.

Os enfermeiros tiram Grace do quarto e Doutora Greene corre me examinar, ela percebe algo errado.

- Ana, vamos agora pro centro cirúrgico. Você está tendo uma pré eclampsia – diz ela – Levem a paciente pra sala de cirurgia agora.

- Baby... – chamo Christian e ele segura minha mão.

- Eu estarei com vocês, amor – responde ele e logo saio do quarto. As luzes do corredor passam tão rápido que fecho meus olhos, mas não consigo tornar a abri-los e não vejo mais nada. Meu corpo todo treme e as vozes estão distantes.

- Ela está convulsionando. Rápido – Dra Greene grita e a maca ganha cada vez mais velocidade. Depois só o silêncio, aos poucos, toma conta e não sei agora aonde estou.


Pov. Christian Grey

Estava parando de braços cruzados, sem mover um músculo, olhava pela janela e deixava o silêncio prevalecer. Meu coração não batia no ritmo normal, estava desesperado e ansioso pra saber sobre Ana.

Senti uma mão forte no meu ombro e me virei pra ver quem era. Elliot.

- Irmão, hey, fala alguma coisa – pede ele.

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora