Capítulo Vinte e Nove: Noah adianta sua vinda ao mundo

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Pov. Christian Grey

Redobrei os cuidados com Ana, já que ela estava no oitavo mês de gestação e a Dra Greene disse que o parto poderia adiantar, devido as condições delicadas de Ana. A gestação era de risco por conta dos outros dois abortos que sofremos.

Marie estava esperta, já balbuciava algumas palavras e está quase caminhando. Fico o tempo todo de olho nela e em Ana.

- Não vai para a empresa hoje, baby? – pergunta Ana, repousando na cama. Hoje ela amanheceu um pouco enjoada e sentindo muito cansaço.

- A Ros está cuidando de tudo por lá e sempre está me atualizando, baby – respondo – Agora preciso me concentrar em você, prestes a ter o bebê e na nossa princesa esperta. Está tudo bem com você?

- Parece que hoje o Noah está pesando mais que o normal e eu estou me sentindo cansada – responde ela e acaricio sua barriga. Noah se mexe devagar e beijo aonde senti o movimento.

Fico extremamente preocupado com Ana, que está um pouco abatida e quieta. Vejo que seu emocional anda sensível, mais que o normal e especialmente hoje acordou chorando.

- Baby, o bebê está para nascer. Fique calma, tá? – digo acariciando seu rosto e ela encosta o corpo em mim – Hey.

- Estou com medo, Christian. Apavorada, na verdade – desabafa ela – Terceira gestação e a única que vingou, porém vieram os riscos e todo o cuidado. Queria ter tido mais saúde para o nosso filho vir com segurança, bem e sem todo esse obstáculo.

- Ana, não tivemos culpa de nada. Muitas mulheres passam por isso também, os bebês nascem saudáveis e as mães ficam bem – digo tentando acalma-la – Sei que também acontecem coisas. Mas, você seguiu tudo certinho, foi as consultas e quando teve mal estar logo tratou de repousar. Você e o nosso pequeno ficarão bem, tenha certeza disso.

- E se algo acontecer? Comigo ou Noah? – pergunta ela chorando e respiro fundo pelo pavor que surgiu, agora em mim.

- Não vai acontecer nada com vocês. Estamos perto de tê-lo aqui conosco e você está bem. Não pense essas coisas, Ana, por favor – digo e abraço ela, beijando seus cabelos.

Sinto que ela se acalma e logo escuto o choro da nossa pequena, que estava tirando seu cochilo da tarde, sorrio.

- Vou ver nossa pequena, baby. Fique tranquila – digo e ela balança a cabeça em positivo.

Horas depois...

Grace, minha mãe, havia chegado após o almoço e expliquei a ela que Ana acordou indisposta hoje. Minha esposa nem sequer havia almoçado, o que me preocupou muito.

- Eu estou bastante preocupado, mãe. Ana está bastante estranha – digo

- Acredito que ela possa estar começando a entrar em trabalho de parto – diz minha mãe – E na situação dela, é normal que o bebê venha antes.

- Será, mãe? – pergunto já ansioso – Melhor eu levar ela pra maternidade.

- Calma, querido, vamos esperar. Eu aferi a pressão dela e está normal, graças a Deus – diz minha mãe.

De repente, Gail entra na sala com o rosto pálido e bastante nervosa.

- Senhor Grey, Ana está reclamando de dores e pediu pra chamar você e a doutora Grey – diz Gail e saí correndo junto com a minha mãe até o quarto.

Chegando lá, Ana chorava e massageava a barriga.

- Baby – gemeu ela e sentei ao seu lado – Acho que está na hora.

- Calma, baby. Mãe – chamei Grace e ela passou a examinar minha esposa.

Aferiu a pressão, escutou as batidas de Ana e examinou a barriga.

- Bom, chegou a hora. Vamos pra maternidade – disse minha mãe – Vou levar vocês. Ana, fique calma e respire fundo.

Nos preparamos e ajudei Ana a sair da cama. Com um pouco de dificuldade, conseguiu ficar em pé e calçar um chinelo.

Gail veio até nós com Marie no colo e a bolsa de maternidade no outro ombro.

- Senhora Grey, vai dar tudo certo. Ficarei aqui com a pequena Marie. Aqui, as coisas do bebê – ela disse e me estendeu a bolsa.

- Obrigada, Gail. Ai – ela agradece e geme com a dor que sentiu.

- Obrigado, Gail. Qualquer coisa pode me ligar, certo – digo e ela assente. Beijo a cabeça da minha filha – Se comporte com a tia Gail, princesa.

Saímos do quarto e minha mãe já nos esperava perto do elevador. Ana estava tensa e ao mesmo tempo eu também ficava receoso, pois foi uma gravidez desejada e muito arriscada.

Orava baixinho, coisa que nunca fiz em minha vida, pedindo que meu filho e minha esposa ficassem bem. Estava confiante e tentava passar calma pra Ana.

- Vai ficar tudo bem, baby. Vamos ter o nosso filho nos braços e você vai ver que tudo valeu a pena – digo olhando pra ela.

- Nosso filho vainascer, baby. Finalmente – diz ela já mais calma e sorri entre as lágrimas.Roubo um selinho e ela retribui. 

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora