Capítulo 39

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...

GABRIEL

Henrique me olhava com os olhos arregalados e parecia sem saber o que fazer, exatamente como eu, afinal meu pai me encarava querendo uma resposta que eu não tinha... O meu coração estava tão disparado que ele podia sair pela minha boca a qualquer momento, sentia náuseas, queria vomitar e desejava que tudo aquilo fosse mais um de meus pesadelos.

Porém não era... Meu pai tinha descoberto, sinceramente, quem tirou aquelas fotos, enquanto estávamos distraídos não importava muito naquele momento pra mim. Já que eu não tinha muito tempo pra pensar sobre, pois o meu pai me encarava com o rosto vermelho e diferente de mim, ele tremia de ódio.

- Me responde, Gabriel! - novamente um berro e me senti sem ar - isso aqui não parece montagem! Tem umas 20 fotos aqui! - ele as jogou na mesa e quis morrer, mas eu gostava de viver - E ainda tem um bilhete com os nomes de vocês! - realmente tinha um bilhete impresso e senti meu estômago revirando, parecia até que era a correspondência. Com certeza a pessoa tinha o propósito de me machucar - porque você estava beijando, o Felipe? - meu pai apontou o dedo para o meu rosto e apesar de estar a metros de mim, eu sentia como se ele pudesse me machucar a qualquer momento - essas merdas chegaram hoje e o porteiro nos entregou - quem faria isso? - o que você tá fazendo, meu filho?

- Calma pai, você está assustando o Gabriel - Ric tentou interferir querendo chorar.

- Pro escritório, agora! - o senhor gritou e meu coração doía com medo do que viria, por isso, o segui indo pro lugar que meu pai gostava de ficar pra pensar, um local com móveis de madeira chique, quase um santuário da masculinidade - me explica, Gabriel! - ele disse perto de mim no escritório com Ric do meu lado nervoso.

Dessa forma, com a garganta queimando e me controlando pra não ceder ao choro, eu arranjei forças de algum lugar e falei, mesmo que eu me sentisse sem ar para pronunciar qualquer coisa.

- Eu estava beijando o Fê, porque namoramos há seis meses, - encarei meu pai que arregalou os olhos - afinal eu sou bi... - eu não tinha mesmo a resposta que ele queria. Ao menos meu irmao me deu um leve sorriso, enquanto as lágrimas caiam do seu rosto, realmente estava tão assustado quanto eu.

- Ele não é essa coisa - meu pai disse confuso - e você não é bi! - meu pai parecia com um pouco de nojo e aquilo me machucava mais do que posso dizer.

- Ele é e eu sou, sim - afirmei tentando ser forte - e eu amo o Felipe, pai - ao menos meu irmão parecia feliz, enquanto senhor Oliveira balançava cabeça - senhor, eu gosto de garotas e garotos desde sempre, mas eu percebi isso há pouco tempo! Eu tô namorando Lipe praticamente desde o início do ano e a gente tá tão feliz, parece tudo tão certo - algumas lágrimas começaram a cair lembrando dele, será que mandaram as fotos pra lá também? Ao menos, isso não seria ruim - por favor, não faça isso! Ele me faz tão bem... Você é meu pai, devia estar feliz, como fica com os meus irmãos quando falam que estão namorando - um soluço saiu de mim e eu tentava controlar, mas era impossível.

- Eu te eduquei para orgulhar a família - meu pai me olhou com raiva e meu irmão me puxou pra trás com medo, mas eu só chorava, realmente não queria que fosse assim... Era direito meu querer me assumir quando eu quisesse, porque alguém faria isso comigo? Eu queria contar do jeito e na hora que eu quisesse, dependendo da forma, talvez meu pai nem ia ter aquela reação... Essa foi a pior forma, pela boca de outra pessoa - e agora, Gabriel? - eu apenas chorava em reposta tentando olhar meu pai que andava em circulos como se eu tivesse dado um problema enorme para ele resolver - eu sempre desconfiei que voce fosse b.. - ele iria concluir a palavra bicha, mas resmungou sem completar como se tivesse se controlando - que você gostava desse tipo de coisa - parecia com uma mistura de ódio e nojo - até considerei muito que voce estava com seu melhor amigo, tentei de tudo pra isso não acontecer...

A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora