Capítulo 46

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CHEGOU! OS SURTOS AGUARDAM VOCÊS! Comentem bastante e tomem uma maracujina! E rezem que eu não suma por uma semana deixando voces aí... Boa sorteeee

...

GABRIEL

Apenas 3 horas... Eram no máximo 3 horas que eu teria que aguentar com aquelas pessoas, mas de qualquer forma eu sabia que tudo poderia explodir em meio segundo. Sinceramente, eu ouvia o tique-taque da bomba no meu ouvido... Por que? Porque dessa vez eu não estava a fim de usar tanto assim minha máscara, não sufocar por ela me mostrou que respirar é bem melhor que a felicidade da minha família. Afinal, foram eles que colocaram essa expectativa sobre mim, era tão errado querer viver como eu mesmo? Eles não me queriam bem?

- Sim, a gente trouxe o Felipe - falei sem dar satisfação pro meu pai que tinha o olhar mais perdido de todos e aquele senhor estranho apenas concordou sem olhar nos nossos olhos liberando o espaço para passarmos, enquanto olhava para o chão.

Meu pai não olhava para o chão...

Assim, entramos na casa e fiquei impressionado como estava limpa, não somos as pessoas mais bagunceiras do mundo, porém estava arrumado demais e desconfiava que era minha mãe tentando ter uma ocupação... Porra, ela tinha até se livrado de uma caixa cheia de papel que ficava na sala (eu amava aquela caixa). Enfim, acenei para os dois começarem a andar calmamente até a sala, pois não tinha ninguém na entrada, era estranho...

Era minha casa e eu a amava, porém ainda não parecia certo eu estar ali. Na real, me sentia tenso e eu odiava isso, então respirei fundo e continuei andando.

- É muito bom ver vocês três - meu pai disse nervoso, era estranho vê-lo e não abraçá-lo - os avós de vocês já chegaram, tão lá na sala! Todos queriam conversar com vocês - ele gaguejava um pouco e era bizarro, apenas lembrava dele assim com o pai por perto ou a família da minha tia (no caso dela gaguejando ou puto mesmo, brigas de família com ela sempre eram comuns).

- Que bom, tô ansioso pra ver vovó - eu disse meio inseguro de ter um diálogo como se nada tivesse acontecido e todos pareciam pensar o mesmo.

Logo, chegamos na sala onde meus avós estavam sentados conversando com meus irmãos e mãe, sinceramente, eu sentia falta de estar ali... E doía imaginar que aquilo poderia nunca mais voltar, ficar vendo filmes, falando mal de atores, comentando sobre o bbb, sei lá, qualquer coisa naquele sofá.

- Vocês chegaram - minha irmã correu até nós toda sorridente e ganhei um abraço apertado, eu sentia muita falta dela, mesmo que falasse com ela todo dia, também queria desejar boa noite ou acordá-la.

Era o plano! Viver em família direitinho até a faculdade, pois eu realmente queria morar em outro lugar ano que vem, só que deveria ser algo gradual e não abrupto!

- Biel - Ric disse animado, mas tenso ao me abraçar depois de falar com os meninos - eu estava sentindo sua falta - sussurrei que também sentia e isso não era de agora.

- Saudade é bom, não é bom sentir saudade dos seus primos? - a voz do meu avô começou e quis rir, nem meu pai sentia saudades daqueles 2 garotos, que continuassem bem longe, na real nem meu avô gostava muito deles, era bem preguiçosos, normalmente nem pensava neles de tanto nojo - e acredite, Henrique, que é melhor ficar em São Paulo, mesmo que tenha saudade, tem que honrar meu trabalho de dar um bom futuro a você - Ric concordou meio sem graça - mas porque não estavam em casa, meninos? Deviam respeitar os pais e os ajudar no jantar - não era tão errado, mas ele não estava sabendo de nada...

A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora