A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)

Capítulo 24

Desculpa pela demora! Boa leitura e surtos! Espero que gostem! OBRIGADA PELOS 4K!!! Me ajudem comentando muito, por favor!

NÃO SE ESQUEÇAM DE OLHAR O MEU AVISO NO FINAL DO CAPÍTULO!

ALERTA GATILHO: AUTOMUTILAÇÃO (não tá muito pesado e é uma lembrança, não ocorre no tempo da narrativa, mas se sentir desconfortável NÃO LEIA, posso resumir pra você - mande mensagem- , não se esqueçam que os gatilhos do livro são ANSIEDADE E VIOLÊNCIA) QUANDO COMEÇAR A LEMBRANÇA VOU COLOCAR # E QUANDO TERMINAR TAMBÉM! 

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FELIPE

- Chega de falar sobre o show, eu amei, mas estão remoendo demais - Gabriel riu e pediu pra Paula mudar de assunto, enquanto o garoto voltava ao seu repouso na mesa cansado. Aquela sexta estava exaustiva...

- O que vocês acham de eu colocar tranças pra minha festa? Estou pensando em uma bem escura - Paula perguntou quando estávamos na nossa mesa de sempre lanchando no primeiro recreio da quinta-feira e todos sorriram para a garota, pois nos últimos dias ela estava estranha, não sei... Eu não sou tão próximo dela ainda para entender (era tipo pedir pra eu comentar sobre o Clube Atlético Catarinense, não tinha como, dado que eu o conhecia a pouco tempo), porém acho que era quase unânime que tinha algo de errado com a morena (mesmo que ainda não tivéssemos conversado sobre). Talvez ela já estivesse bem, visto que falou do seu assunto favorito, sua festa, (algo que tínhamos ouvido todos os detalhes desde o início, pelo menos a festa já estava chegando) ao mesmo tempo que sorria.

Desde sábado todos nós nos rendemos a rotina e tudo estava acontecendo tranquilamente com meus amigos e Gabriel, além da minha família que vivia pedindo para eu levar meu namorado para nossa casa. Simplesmente estava tudo bem e eu me aproximava cada vez mais das pessoas que eu amava, assim eu me sentia muito mais leve. Todavia eu ainda tinha um sentimento ruim constante, já que é impossível ter apenas sentimentos bons e o que estava me aterrorizando no momento era o medo do pai de Gabriel, de modo que nos policiávamos em todos lugares que o Seu Fernando poderia saber de nós, ao menos estava ficando mais fácil ficar na escola tratando o garoto anjo como apenas um amigo, no entanto queria ser carinhoso de vez em quando e sentia que Gabriel pensava o mesmo. Era pedir muito fazer um carinho na mão de Biel sem ficar com medo dele sofrer represália do pai? Algo tão simples...

Como não tinha o que fazer, pois o loiro estava a mercê do pai ainda, nós dois resolvemos deixar isso de lado quando não havia perigo, dessa maneira, nos últimos dias estavamos combinando de fazer uma maratona dos quatro filmes de Harry Potter, visto que eu iniciaria o quinto livro e Biel estava animado demais para assistir comigo (porra, ele ficava tão fofo de modo que era impossível negar e eu ficava mais curioso com os livros, assim ia conhecendo outros livros, pois eu realmente não conhecia nada daquele mundo). Por isso, na próxima segunda assistiríamos os filmes na minha casa (a comemoração do nosso primeiro mês juntos, apenas queríamos passar o dia juntos sem ficarmos preocupados) e confesso que realmente estava animado pra ver, pois Biel realmente tinha razão... Aquela história era muito boa e eu queria ver os personagens num filme (rezando para serem bons). Afinal eu tinha enlouquecido e lido muito rápido (eu, aquele que demorava um ano pra ler 100 páginas).

Dessa maneira, íamos passando nosso tempo juntos: nos beijando, rindo juntos e mostrando um para o outro os nossos interesses, de modo que Biel gostava de falar sobre arte no geral e coisas comportamentais (eu saía mais inteligente a cada conversa, aquele menino é doido), enquanto eu gostava de falar sobre os últimos jogos e a animação de todos para a copa do próximo ano, além de tentar fazer com que Gabriel conseguisse jogar qualquer jogo no playstation de seu gêmeo (o que estava o irritando, pois ele só perdia e Enzo se divertia com ele, infelizmente meu namorado estava focado em conseguir vencer e não conseguia nada). Embora não tivéssemos interesses tão parecidos, eu sentia que nos encaixávamos, além de nos esforçarmos para entender e fazer parte da vida do outro. Sei lá... Acho que ainda estamos formando nossas personalidades.