A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)

Capítulo 25

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FELIPE

Finalmente o dia de ver os filmes tinha chegado na segunda-feira e Gabriel tinha vindo direto da escola comigo! Como eu já tinha avisado minha mãe que ele passaria o dia aqui, ela estava super ansiosa com a vinda do meu namorado, para mim, Dona Rose se comporta quase como a Molly Weasley com o Harry Potter. Por isso, a mulher decidiu até adiantar alguns clientes só para poder buscar a gente na escola para Gabriel não andar 2 quadras (minha mãe gosta mais do meu namorado do que de mim ou é impressão minha?), além disso meu pai até fez carne com batatas no forno, apenas com o objetivo de impressionar Gabriel (horas no telefone com a minha vó, porque ele não sabe cozinhar bem).

Talvez eu estivesse com ciúmes, mas tinha que admitir que gostava deles aceitando Biel tão bem, principalmente porque sabia que tais coisas na casa do loiro poderiam não acontecer num futuro próximo... Mesmo assim Thom ficava levemente puto, apenas não irritava Gabriel, porque estava namorando a Gi, se não tenho certeza de que estaria enchendo o saco dele... Já meus pais o paparicavam até dizer chega, durante o almoço, sempre com perguntas ou nos fazendo rir. Confesso que a única dificuldade foi convencer Camila a deixar Biel em paz, porque ela queria brincar com o galego depois do almoço, todavia eu queria passar um tempo com o meu namorado. Ao menos minha mãe decidiu levá-la para a casa de uma amiguinha e minha irmã esqueceu o loiro.

Dessa forma, estávamos entrando no meu quarto e eu reclamando sobre os treinos de futebol (pelo menos meus amigos, além de Daniel e Eduardo melhoram as coisas), já que estavam me cansando muito, apesar de estar me divertindo, contudo em junho, como começaria a competição, os treinos aumentariam. Então eu estava desabafando sobre como eu ficava cada vez mais perdido sobre com o que eu queria trabalhar. Visto que eu não queria transformar uma coisa que eu gostava (os esportes) em algo maçante, por causa disso, a ideia de ser um atleta estava parecendo cada vez menos atrativa. Ao menos, Biel concordava comigo e tinha a mesma opinião, até brincamos que nós dois estávamos perdidos, logo o loiro tirou o box de filmes da mochila e deu um sorriso.

- Pode colocando o filme que eu estou doido pra ver - esse menino é fofo demais, puta que pariu. Apenas concordei e fui colocando o dvd no meu playstation, pois o garoto disse que era melhor do que assistir por algum serviço de streaming (vai entender a lógica dele...) - Fê, vou pegar uma roupa do seu armário... Eu não sou doido de passar o dia de calça jeans - concordei rindo dele, pois o galego já estava abrindo meu armário e procurando o que queria, assim que achou um moletom e uma blusa qualquer, o garoto njo começou a se despir, o que me fez esquecer de configurar o filme e começar a observá-lo.

Biel sempre foi mais desinibido que eu de forma que ele já me fez passar por situações constrangedoras, já que o garoto não se importa muito de trocar de roupa na frente de ninguém, então eu tinha que tomar muito cuidado para não secá-lo. Porém agora eu não precisava mais fazer isso, principalmente, porque estávamos no meu quarto, sinceramente era mais difícil passar por isso no vestiário da educação física, onde eu precisava colocar uma roupa o mais rápido possível por causa dele (mais um motivo pra eu tomar banho por último). Ao menos Gabriel não sofria do mesmo mal tanto quanto eu, pois eu era um pouco mais tímido e eu não gostava de trocar de roupa na frente de ninguém normalmente, apenas faço isso no vestiário, porque não tem outra opção. Felizmente, as pessoas já tinham se acostumado com as minhas cicatrizes e poucos me encaravam, além de que meus amigos não deixavam ninguém fazer perguntas.

Consequentemente lembrei de todas as vezes que estava com o loiro, por causa de Enzo e então Gabriel decidiu trocar de roupa na nossa frente, o que me fazia sentir extremamente constrangido e culpado, dado que na mente do galego, ele não fazia nada demais. Entretanto eu quase infartava no momento, logo me sentia mal, pois me sentia um pervertido e estranho por gostar tanto de um corpo, praticamente igual ao do meu melhor amigo, embora eu jamais tivesse desejo pelo corpo do outro loiro.