Any Gabrielly
Quinta-Feira, já se passaram dois dias desde a reunião e eu ainda não dei nenhuma resposta.
Boa parte de mim diz que eu não devo aceitar, mas uma pequena porcentagem está em dúvida pois isso pode ser realmente benéfico.
No momento estou na segunda sessão de fotos do dia. Fiz fotos para uma campanha de moda primavera verão de manhã, agora estou em uma das filiais da Victória Secrets para as fotos da nova coleção.
Estou em uma das últimas trocas, falta pouco tempo para terminar isso, o que é bom, pois preciso comer alguma coisa.
Kyle disse que mais tarde quer conversar comigo, provavelmente sobre a proposta. E eu não faço a menor ideia do que irei dizer a ele.
Estou preocupada também com minha avó, essa semana pediram para que eu não fosse as visitas durante a semana, pois precisariam fazer exames mais profundos para analisar umas coisas.
Tenho medo que isso possa ser uma notícia ruim, mas estou tendo fé que está tudo bem e ela só precisa confirmar isso nos exames.
- Ok Any, pode colocar o último conjunto e ir para o cenário vermelho, vamos encerrar a sessão lá! - a assistente da Victória Secrets disse, apenas assenti e fui para o vestiário colocar o último conjunto.
Me tornar modelo foi um grande avanço para meu eu interior, antigamente eu sentia muita vergonha de meu corpo.
Tive vários problemas com alimentação quando era adolescente. Desenvolvi anorexia com doze anos, pois foi na época em que eu comecei a querer me envolver no mundo das artes cênicas.
Pedi para me matricularem em uma escola de balé e jazz, minha avó foi comigo e fez minha matrícula.
Fiz algumas aulas, então as meninas mais velhas daquele meio, as mais experientes, começaram a dizer que eu nunca seria capaz de fazer uma abertura total por conta do meu peso e coisas do tipo.
Diziam que eu era negra e gorda, que eu não me encaixava nos padrões para ser uma bailarina de excelência.
Então eu desisti da dança, mas minha avó queria que eu fizesse algo para me expressar, foi quando ela me deu uma paleta de tintas especiais para pintura corporal e pediu para que eu começasse a libertar meus sentimentos com pequenas pinturas em meu corpo.
No começo eu desenhava apenas flores, cinco pétalas e um miolo amarelo. Desenho ao qual eu era acostumada a fazer com 12 anos. Mas com essas simples flores eu ganhava os melhores sorrisos e parabéns de minha avó, que dizia estar orgulhosa do quão artista sua neta era.
Eu sempre voltava sorrindo para meu quarto depois de um logo abraço emocionado de minha avó. Desde então, flores são sempre o que eu desenho, alguns dos quadros de meu quarto tem flores as quais minha avó pintava enquanto estava fora da clínica.
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The Contract || Beauany
FanfictionJosh Beauchamp, o CEO mais famoso e renomado de Los Angeles, tem tudo e todos aos seus pés. Típico Badboy que diz nunca se apaixonar, leva uma vida sem compromissos, seu único foco é o legado que ele leva juntamente do nome da família Beauchamp. Any...