Reencontros

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Klaus

Rever pessoas que fizeram parte do passado é algo constante, principalmente para mim que já vivi mais de dez séculos, alguns eu me arrependo de não ter matado quando tive a chance, outros me arrependo de ter perdido. Uma década se passou e ela continua igual, linda como sempre e com seu brilho único, um sorriso se forma em meus lábios e meus olhos recaem para a criança que está a sua frente, cabelos claros, bem cheios, um pouco ondulados, rosto fino, olhos azuis, um pouco assustado ao meu ver.

- Oi linda! - Stefanie me encara assim como a Hope, ela segura a criança mais forte agora pelo braço como se quisesse a protejer, então vejo nela uma coisa que nunca vi antes, medo, ela está com medo de mim.

- Não sabia que tinha voltado para a cidade! - coloco as mãos nas costas e chego mais perto deles.

- Eu cheguei hoje! - não tira os olhos de mim, a criança a sua frente me olha também, mas ela não está mais assustada, encontro seus olhos e minha vontade é de perguntar como ela está, saber o que fez durante esse tempo, o porque de ter partido, mas nada me sai, a única coisa que faço é olha para ela e admira-la um pouco. 

- É seu filho? - vejo os olhos de Hope me julgando por minha curiosidade.

- Sim. - responde em um tom baixo.

- Ele é uma graça! - ela passa a mão direita por cima do ombro do garoto deixando ela em seu peito, então vejo um enorme diamante em seu dedo preso em um anel.

- Ele deve ser um cara legal! - seus olhos também recaem sobre o anel, volta a colocar os olhos em mim.

- Nicolas que vim comigo conhecer o seu quarto? - Hope pergunta, ele consente e os dois saem. Noto que Stefanie fica sem jeito por estarmos sozinhos no salão.

- Então? O que tem feito? - tento deixa-la mais confortável.

- Bem eu, me formei e sou sócia de um escritório de advocacia. - sempre soube que ela teria uma futuro brilhante.

- Advogada é? - ela começa a caminhar para a porta lateral do salão que dá acesso ao jardim, a sigo.

- Sim, depois que sai?da cidade eu...- ela toca justamente no assunto que eu?queria chegar.

- Porque saiu? Porque foi embora? - pergunto apressadamente, ela para e me olha, suspira, desvia o olhar e encontra meus olhos novamente.

- Não me restava nada aqui! - sua resposta é vaga e frustrante.

- Confesso que tive uma grande surpresa quando voltei para cidade e soube que havia partido. - seus olhos parecem querer dizer algo mais sua boca permanece em silêncio.

- Eu precisei sair do pais quando quando voltamos para Mystic Falls, uma venha inimiga Martel resolveu despertar de seu sono e arrumar confusão com a Hope, então tive que leva-la para sua antiga casa e mostrar a ela meus inúmeros métodos de tortura. - ela me observa com atenção.

- Porque está me contando isso? - seus olhos castanhos tem um brilho diferente neles.

- Acho que talvez seja porque eu não tive a chance de explicar minha ausência pra você. - a brisa da manhã balança suavemente a saia do seu vestido.

- Não levei o celular por isso não atendi suas ligações e nem respondi suas mensagens, quando voltei foi que vi, tentei falar com você mais só dava fora de área, então vim te procurar em Mystic Falls e soube que havia ido. - caminhamos pelo jardim enquanto conversamos.

- Eu sai de casa sem nada, só com a roupa do corpo. - cruza os braços sobre o peito.

- Não imagino a razão. - mas talvez tenha uma palpite.

- Meu pai, ele me expulsou! - para em minha frente.

- Já imagino qual foi a razão! - eles nunca deixariam ela se envolver comigo.

- Fui para Seattle e comecei uma nova vida! - explica.

- Conheceu o pai do Nicolas lá? - sorrio ao dizer o nome dele, pois sei que ela o colocou pensando em mim.

- Ele é sobrenatural? - completo.

- Posso ter cruzado com um ou dois bruxos pelo caminho. - faz um movimento de subir e descer com os ombros.

- É ele? - aponto para o anel em seu dedo.

- Sim, ele é o pai do Nicolas. - seu coração acelera ao dizer isso.

- Quantos anos ele tem? - sei que provavelmente está mentindo, ou está desconfortável em falar comigo sobre ele assunto.

- Tem dez! - as batidas de seu coração só aumentam.

- Eu preciso perguntar? - ela me olha como se eu acabasse de a insultar.

- O Nicolas tem um pai Klaus, então fala um favor e fique longe da gente. - sai apressada, provavelmente com raiva e entra na escola, vou em direção a entrada do instituto e vejo seu carro já saindo.

- Aconteceu alguma coisa? - Hope pergunta se aproximando.

- Qual o sobrenome do garoto? - olho para ela que está ao meu lado.

- Villin, ela disse que é o sobrenome do noivo dela. - pode ser paranoia da minha cabeça ou eu acho que quero que seja, mas tenho a impressão que Nicolas é meu filho.

Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora